CEO da corretora de criptomoedas Coinbase, Brian Armstrong, participa de palestra
Brian Armstrong, CEO da Coinbase. (Foto: Getty Images)

Em uma série de publicações no Twitter, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, argumentou que o Bitcoin oferece uma alternativa à moeda de reserva, e isso pode ser a chave para expandir a civilização ocidental.

Armstrong disse que, como o país que controla a moeda de reserva, os EUA estão no caminho para inflar a oferta de moeda e aumentar os gastos com déficit, “até perder essa vantagem”.

Publicidade

Com o yuan chinês e o euro tendo “seus próprios problemas”, Armstrong sugeriu que “a suposição é de que os EUA podem continuar a inflacionar”, mas que os observadores não contavam com a “alternativa” apresentada pelas criptomoedas, que representam um “antídoto para a inflação”.

No entanto, Armstrong divergiu da tese maximalista do Bitcoin, argumentando que as criptomoedas e o dólar podem coexistir e que as criptomoedas servirão como “um controle e equilíbrio natural que complementará o dólar e será o melhor defensor dos interesses americanos de longo prazo (e da civilização ocidental de forma mais ampla)”.

Da mesma forma, Armstrong disse que a moeda fiduciária e as criptomoedas “coexistirão por um longo tempo”, com stablecoins lastreadas em dólares que deverão desempenhar “um papel importante na unificação desses mundos”.

Armstrong expandiu sua tese em vários comentários e respostas posteriores, observando que o Bitcoin “ampliaria os princípios fundamentais da liberdade econômica”, como direitos de propriedade e dinheiro sólido na civilização ocidental.

Publicidade

Em resposta a uma postagem que destacava o argumento de que uma moeda deflacionária poderia prejudicar o crescimento econômico porque impediria a concessão de empréstimos, Armstrong respondeu que isso significaria simplesmente “um patamar mais alto para a concessão de empréstimos”, uma vez que os empréstimos só ocorreriam quando as pessoas sentissem que o retorno esperado de um projeto seria melhor do que simplesmente manter a moeda.

Visão de futuro

Armstrong tem se envolvido em uma série de previsões para o futuro recentemente. Em uma entrevista recente com o Decrypt, ele sugeriu que “agentes” autônomos de AI poderiam fazer transações usando cripto no futuro e que os criptoativos poderiam ter um papel no estabelecimento da procedência das informações.

No curto prazo, ele também apontou a mídia social descentralizada, as tecnologias de pagamento e as stablecoins como tecnologias que poderiam “ajudar a empurrar as criptomoedas para a próxima onda de adoção”, juntamente com DeFi e NFTs.

Armstrong também expressou otimismo em relação à possível aprovação de um ETF de Bitcoin à vista, visto como um termômetro para a adoção institucional da criptomoeda. O entusiasmo com a perspectiva de aprovação de um ETF de Bitcoin à vista pela SEC impulsionou a criptomoeda para uma alta de 18 meses acima de US$ 42 mil nos últimos dias.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Você sabia que David Lynch fez NFTs com a banda de rock Interpol?

Você sabia que David Lynch fez NFTs com a banda de rock Interpol?

David Lynch, o cineasta americano amado por seu trabalho sombrio, surreal e decididamente original, faleceu esta semana aos 78 anos
Imagem da matéria: Bitcoiners intensificam doações para Ross Ulbricht — que pode já ter US$ 47 milhões esquecidos

Bitcoiners intensificam doações para Ross Ulbricht — que pode já ter US$ 47 milhões esquecidos

Carteiras de Bitcoin intocadas, possivelmente vinculadas a Ross Ulbricht e Silk Road, agora valem mais de US$ 47 milhões
Imagem da matéria: Dogwifhat sobe 9% com especulação sobre propaganda na Sphere de Las Vegas

Dogwifhat sobe 9% com especulação sobre propaganda na Sphere de Las Vegas

Nove meses atrás, a equipe arrecadou US$ 700.000 e prometeu colocar logo da Dogwifhat na Sphere — a comunidade segue esperando
microstrategy e moeda de bitcoin

Microstrategy compra mais R$ 6,6 bilhões em Bitcoin

Com essa nova aquisição, a MicroStrategy passa a deter um total de 469 mil bitcoins, comprados ao longo dos anos por US$ 29,3 bilhões