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Imagem criada por Decrypt com uso de IA

O Bitcoin caiu abaixo de US$ 80 mil na manhã desta sexta-feira (28), ampliando sua desvalorização para 27% em relação à máxima histórica de US$ 108 mil, alcançada em janeiro.

A maior criptomoeda em valor de mercado agora está abaixo de sua média móvel de 200 dias, um indicador técnico-chave frequentemente observado por traders para avaliar a força da tendência de longo prazo.

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A queda acompanha a aceleração dos resgates de ETFs de Bitcoin, que haviam impulsionado grande parte da alta até os recordes.

Ao longo do mês de fevereiro, investidores retiraram mais de US$ 2 bilhões dos ETFs de bitcoin à vista, representando os resgates semanais mais significativos desde o lançamento desses fundos.

Enquanto isso, os ETFs de ouro registraram aumento nos aportes, sugerindo que investidores estão migrando para ativos tradicionais de proteção em meio à incerteza macroeconômica mais ampla.

Ainda assim, a correção atual é relativamente branda em comparação com ciclos anteriores do bitcoin.

Dados históricos mostram que o Bitcoin já passou por pelo menos 16 correções significativas a partir de máximas históricas, com quedas variando entre 30% e 85% antes de se recuperar.

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O recuo atual se assemelha a uma queda de 33% entre março e agosto de 2024, que levou 144 dias para atingir um novo recorde em novembro.

Declínios mais severos, como a queda de 78% entre 2021 e 2022 e a desvalorização de 84% em 2018, levaram significativamente mais tempo para se recuperar, com períodos de vários anos antes de novas máximas serem alcançadas.

Pressões macroeconômicas e mudanças no mercado

O recuo ocorre enquanto traders reavaliam as expectativas sobre cortes nas taxas de juros do Federal Reserve, já que dados persistentes de inflação reduzem a probabilidade de um afrouxamento monetário iminente.

Taxas de juros mais altas tendem a pesar sobre ativos de risco, incluindo o Bitcoin, que subiu no final de 2024 em parte devido à expectativa de um ambiente monetário mais flexível.

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O nervosismo no mercado tem sido agravado por tensões geopolíticas após a decisão do governo Donald Trump de impor tarifas sobre China, México e Canadá, o que pressionou os mercados financeiros globais.

O fortalecimento do dólar norte-americano e a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA adicionaram mais obstáculos ao impulso das criptomoedas.

Agrava ainda mais o sentimento negativo um ataque hacker de mais de R$ 8 bilhões contra exchange Bybit na semana passada — o maior roubo de criptomoedas da história —, levantando preocupações sobre a segurança dos ativos digitais. Alguns analistas relacionam o evento ao aumento da pressão vendedora.

Apesar da correção, os detentores de longo prazo de Bitcoin parecem permanecer firmes.

Dados on-chain indicam que a maior parte da pressão vendedora vem de investidores mais recentes, enquanto carteiras que mantêm Bitcoin por períodos prolongados permanecem relativamente inativas.

Ainda assim, o próximo movimento do Bitcoin segue incerto. Historicamente, correções desse porte levaram de semanas a mais de um ano para se recuperar, dependendo das condições macroeconômicas e do sentimento do mercado.

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Traders agora estão monitorando de perto os níveis de suporte em torno de US$ 75.000 e os fluxos dos ETFs em busca de sinais de renovação da demanda.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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