Bitcoin superou os US$ 17.000 às 9h02 nesta terça-feira e renovou a máxima de 2020. Essa é a segunda vez na história que o bitcoin atinge esse patamar. No Brasil, a criptomoeda já é negociada acima dos R$ 93.000, conforme o índice do Portal do Bitcoin.
Em alta desde o final de março, quando teve uma queda impulsionada pela crise do coronavírus, o bitcoin já acumula valorização em dólar de 140% no ano.
A última vez que o bitcoin atingiu os US$ 17 mil, foi em dezembro de 2017, duas semanas antes de registrar o recorde histórico de US$ 20.000.
Aos poucos o hype visto em 2017, parece estar voltando. Na segunda-feira (16), a atriz Maisie Williams, famosa pelo papel de Ayra Stark no seriado Game of Thrones, postou no Twitter uma enquete perguntando se deveria apostar na alta da moeda.
Possíveis motivos para a alta
Nas últimas semanas, o Bitcoin parece estar na moda em Wall Street. A entrada de grandes investidores institucionais também é um fator que está movimentando o mercado no segundo semestre. Dando início a uma nova tendência, em setembro, a empresa MicroStrategy anunciou a compra de US$ 425 milhões em bitcoin. Essa foi a primeira compra pública de uma empresa listada na bolsa dos EUA.
Seguindo o exemplo, a Square, que tem como cofundador Jack Dorsey, criador do Twitter, também anunciou a compra de US$ 50 milhões em bitcoin.
O Paypal também entrou na jogada. O gigante do mercado de pagamentos digitais anunciou que permitirá que seus clientes comprem, mantenham e vendam bitcoin e várias outras criptomoedas diretamente por meio de suas contas.
Hoje, Tom Fitzpatrick, um analista sênior do Citibank previu um movimento de alta que pode levar o bitcoin até US$ 318.000. “O momento atual do bitcoin é muito similar ao vivido em 2017, o que pode levar o preço a US$ 318.000”, disse.
Por fim, há uma questão técnica. Em maio deste ano, ocorreu aconteceu o terceiro halving na rede do bitcoin, evento programado para ocorrer de quatro em quatro anos no qual a emissão de novos bitcoins é cortada pela metade. Isso diminui a entrada de novas moedas no mercado que, com o aumento da demanda podem impulsionar mais ainda o preço. Os últimos dois halvings (2012 e 2016) foram seguidos por fortes altas nos anos seguintes.