O Grupo Bitcoin Banco (GBB) deu um calote de R$ 500 mil na Rede TV, revelou Amaury Jr à revista VEJA em reportagem publicada na sexta-feira (18). O apresentador, que promoveu a empresa na emissora e em seu blog, afirmou se tratar de uma situação desagradável.
“A pessoa me vê falando bem do cara e toma um calote. Suspendemos o acordo desde que a fraude estourou”, disse ele à revista
O ‘cara’ é Cláudio Oliveira, dono do GBB. De acordo com a VEJA, o grupo e a Rede TV firmaram um contrato no valor de cerca de R$ 500 mil a ser pago pela empresa em troca de espaço publicitário.
Amaury Jr. expôs então em rede nacional os negócios do GBB através da emissora. Até o apresentador Ratinho, do SBT, ajudou a promover a empresa ao aparecer em um dos eventos.
No entanto, diz a reportagem, Oliveira não teria cumprido a obrigação financeira, mas ofereceu uma proposta de parcelamento. Amaury Jr. disse que ele prometeu pagar em 12 parcelas.
Bitcoin Banco, Ronaldinho e Atlas
Contudo, o foco na reportagem da VEJA foram os esquemas de golpe de pirâmide que ultimamente vêm comprometendo o mercado de criptomoedas, já que os golpistas geralmente usam o bitcoin como atrativo.
A prática criminosa tem ganhado destaque nos maiores jornais brasileiros. A VEJA chega a chamar a onda de ‘criptotrambique’ e destaca problemas no Bitcoin Banco e em algumas empresas que estão sob a mira da Justiça — Atlas Quantum e 18K Ronaldinho.
“Golpes de pirâmides financeiras se modernizam”, diz o título do artigo, frisando que a estratégia dos golpistas é usar ‘rostos famosos’ e bitcoin para “escapar da regulamentação e fraudar investidores”.
Além de citar o caso de suposta pirâmide que envolve o nome do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, a VEJA também deu destaque aos artistas da Globo Cauã Reymond e Tatá Werneck.
Ambos participaram de uma campanha publicitária na qual promoveram a empresa Atlas Quantum.
Ronaldinho tem cooperado com o Ministério Público no caso da suposta pirâmide financeira 18K, onde ele está arrolado apenas como testemunha.
As assessorias de Cauã e de Tatá disseram à VEJA que na época do contrato comercial com a Atlas “não havia nada que desabonasse a empresa”.
Negócios controvérsios
Contudo, no caso da Atlas, o tipo de negócio oferecido sempre foi questionado em relação à transparência e muitas vezes tachado como controverso pela comunidade de criptomoedas.
A empresa, fundada por Rodrigo Marques, diz que os ganhos com bitcoin são oriundos de negociação da criptomoeda em vários corretoras do mundo através de um robô chamado ‘quantum’.
Já no caso do GBB, a controvérsia começou depois que o grupo adquiriu as corretoras Negociecoins e Tem BTC. Antes, a Negociecoins tinha um market share inferior a 1,5%. Nos três meses seguintes, a corretora chegou a 17% e depois aos 60%.
O mesmo aconteceu com a Tem BTC, que antes de ser adquirida pelo GBB, negociava uma média de 1,23 BTC por dia e meses depois, a corretora chegou a reportar um volume superior a 50 mil BTC (R$ 1 bilhão na ocasião) diariamente, um crescimento de 4.000.000%.
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