Imagem da matéria: Corretora de criptomoedas tem aumento de 10.000% no volume de Bitcoin após venda para Bitcoin Banco
(Foto: Shutterstock)

A corretora brasileira de criptomoedas TemBTC, com sede no Rio de Janeiro, teve um expressivo aumento de 10.000% em seu volume diário de Bitcoin negociado. A mudança ocorreu uma semana após ter sido vendida para o grupo Bitcoin Banco, também dono da NegocieCoins.

Em dezembro do ano passado, antes de ser adquirida pela empresa, a TemBTC teve um volume médio de 1,5 BTC por dia, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin. Em novembro, o volume foi inferior: com média de 1,23 BTC por dia.

Publicidade

Na semana seguinte a aquisição, anunciada no dia 22 de janeiro, o volume negociado na corretora carioca disparou: alcançou mais de 120 BTC por dia.

Sem muita expressividade no mercado até então, a TemBTC passou a figurar entre as três ou quatro exchanges brasileiras de maior volume, a depender do índice utilizado.

Um fato que chama atenção ao analisar a exchange é a baixa liquidez do book de ofertas. Do lado vendedor, menos de 1 BTC separam ofertas de R$ 12.620 até R$ 13.246 (que é o máximo que se pode ver), como mostra a imagem abaixo:

Print do book da TemBTC feito na manhã do dia 31/01/2019

Para entender os motivos do aumento repentino do volume, o Portal do Bitcoin entrou em contato com a assessoria de imprensa do Bitcoin Banco. Em nota enviada à reportagem, a empresa disse o seguinte:

Publicidade

“A TemBTC está passando por uma due dilligence e enquanto o trabalho não acabar o grupo não fala mais sobre ela. Obrigada por nos procurar, mas não teremos resposta para sua consulta”.

Por outro lado, o antigo dono da exchange, Renato Abreu Simões, enviou voluntariamente algumas respostas. Ele afirmou que o salto no volume da corretora se deve ao “cadastro de grandes players na TemBTC”.

Sobre o valor pago pelo Banco Bitcoin no negócio, disse que uma cláusula de confidencialidade impede ambas as partes de comentarem o assunto.

NegocieCoins, TemBTC e Bitcoin Banco

A NegocieCoins, que foi comprada pelo grupo Bitcoin Banco em 2017, tem uma similaridade com a TemBTC. Ambas tiveram suas plataformas criadas pelo desenvolvedor Rodrigo Lullez.

Publicidade

Após vender a NegocieCoins, Lullez continuou trabalhando para a empresa e atualmente é Gerente de Tecnologia do Bitcoin Banco. Porém, antes da primeira venda, Lullez já trabalhava na criação da TemBTC.

O aumento expressivo do volume da TemBTC também aconteceu com a NegocieCoins. Antes de ser comprada pelo grupo Bitcoin Banco, de acordo com dados histórico do Bitvalor, seu marketshare do mercado brasileiro era inferior a 1,5%. Nos três meses seguintes, a correta abocanhou 17%.

Em números brutos, ainda de acordo com o Bitvalor, a corretora saiu de menos de 500 BTC negociados por mês para mais de 12mil em apenas três meses. Os meses analisados, contudo, foram meses de grande euforia do mercado e coincidem com a alta história do bitcoin.

VOCÊ PODE GOSTAR
Luis Pérez Alvise é fotografado fazendo campanha a eurodeputado

Parlamentar europeu é investigado por envolvimento em golpe com criptomoedas

O deputado Luis Pérez Alvise teria recebido 100 mil euros do esquema chamado Madeira Invest Club na Espanha
moedas de bitcoin e bandeira dos EUA no fundo

Senador de Ohio propõe lei para permitir pagamento de impostos com Bitcoin

Se aprovada, a nova lei vai exigir que todas repartições públicas do estado aceitem Bitcoin e outras criptomoedas
Imagem da matéria: Presidente da SEC enfrenta duras críticas por políticas anticripto no Congresso

Presidente da SEC enfrenta duras críticas por políticas anticripto no Congresso

Legisladores e comissários da SEC criticaram diretamente a agenda cripto de Gensler durante uma rara e marcante aparição de todo o corpo votante da agência na Câmara
Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin recua 4% e atinge US$ 61 mil com escalada de tensão no Oriente Médio

Manhã Cripto: Bitcoin recua 4% e atinge US$ 61 mil com escalada de tensão no Oriente Médio

Temor de escalada do conflito entre Irã e Israel e seu impacto global assusta investidores, inclusive no mercado de criptomoedas