Imagem da matéria: Barcelona e Atlético de Madri reforçam foco em criptomoedas durante a pandemia
Foto: Shutterstock

Poupo a pouco o futebol retoma as atividades na Europa, seu principal mercado atualmente. No entanto, as consequências da pandemia de coronavírus ainda são presentes — seja nas arquibancadas vazias, para evitar aglomerações, seja nas finanças dos clubes. E esse cenário deve acelerar algumas ações já em curso antes da paralisação das competições, como o uso de blockchain para engajar torcedores e realizar negócios.

Reportagem publicada pelo jornal espanhol El País cita que dois grandes clubes do país — Barcelona e Atlético de Madri — estão entre os parceiros de uma plataforma chamada Socios.com. Por meio dela, torcedores em todo o mundo podem comprar e vender tokens relacionados ao time de sua preferência, além de permitir novas formas de interação junto aos fãs.

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Fundada pelo empresário francês Alexandre Dreyfus, a Socios.com se assenta na blockchain de uma criptomoeda chamada Chiliz, desenvolvida pela empresa homônima de Dreyfus. Seu foco é no uso atrelado a eventos esportivos e de entretenimento — cuja ligação tem sido cada vez maior.

Uso de blockchain

A parceria entre a Socios.com e o Barcelona é exemplificada por postagem do ultimo dia 11 de junho pelo clube no Twitter. Por meio dela, torcedores puderam opinar sobre o uniforme do time.

“Recorremos à blockchain porque para fazer algo novo precisamos de uma nova tecnologia”, disse Dreyfus ao periódico espanhol.

Além de Barcelona e Atlético de Madri, o caminho da tokenização também tem sido seguido por outros times tradicionais do cenário europeu: Juventus e Roma (Itália), Paris Saint-Germain (França), Galatasaray (Turquia) e West Ham (Inglaterra). O Independiente, da Argentina, pode figurar em breve entre os associados da companhia de Dreyfus.

Alexandre Dreyfus, da empresa Socios.com, à direita
(Foto: Reprodução/Twitter)

Entre os sócios consta ainda o UFC, o principal evento de MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas) do mundo e bastante popular junto ao público brasileiro.

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As empresas de Dreyfus têm sede em Malta, país integrante da União Europeia, e cuja legislação dá facilidades para instalação de empresas de cripto. O arquipélago também abriga a sede mundial da Binance, maior bolsa de criptomoedas do mundo.

Futebol e criptomoedas

A associação entre futebol e criptoativos parece promissora e abre possibilidades de engajamento e de negócios. No entanto, está bem distante de ser livre de polêmicas.

Um empreendimento recente sobre o qual pairam muitas dúvidas é do da USD Soccer. Ela promete ser a “moeda matriz que conectará o esporte às criptomoedas”, inclusive com a possibilidade de mineração durante uma partida de futebol. No entanto, há poucas informações sobre seus idealizadores, o que é suficiente para acender um sinal de alerta sobre o empreendimento.

Entre os times com os quais a USD Soccer firmou parceria a relação também não é das mais claras. Dois casos recentes são os da Chapeconese, de Santa Catarina, e do Vila Nova, de Goiás — ambos levaram calote de cotas de patrocínio prometidas pela criptomoeda.

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Outro caso recente que chamou a atenção foi o da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que entrou na Justiça para cobrar R$ 7,4 milhões da empresa All Invest. A empresa, que não pagou pelo patrocínio de uma competição promovida pela CBF, ainda é investigada pela Polícia Civil de Goiás pela suspeita de prática de pirâmide financeira.

Outra companhia suspeita desse tipo de crime que marcou presença no futebol foi a JJ Invest, que no começo de 2019 chegou a figurar como patrocinadora do Vasco da Gama.

Também entram nesse pacote os jogadores e ex-atletas de futebol ligados a esquemas financeiros que pouco depois se revelam pirâmides, como o caso de Ronaldinho Gaúcho.


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