Moeda de Bitcoin em cela de prisão com bandeira russa da Rússia
Foto: Shutterstock

Um relatório apresentado pelo Banco Central da Rússia nesta quinta-feira (20) sugere que o país deveria banir por completo as criptomoedas.

Reportagem do portal Coindesk afirma que a proposta foi feita por Elizaveta Danilova, diretora do Deparatmento de Establidade Financeiro do Banco da Rússia, em um relatório intitulado “Criptomoedas: tendências, riscos e medidas”.

Publicidade

A executiva apresentou o material durante uma entrevista coletiva on-line.

O relatório diz que as criptomoedas são voláteis e vastamente utilizadas para atividades criminosas. Além disso, aponta que a facilidade com que permitem a mobilidade de ativos entre países dificulta o poder do Estado em implementar sua política monetária.

As conclusões foram que a Rússia precisa de novas leis que consigam efetivamente banir as criptomoedas e as atividades relacionadas ao setor.

Segundo a reportagem do veículo norte-americano, a executiva sugere que o banimento deve se aplicar para corretoras (exchanges) e plataformas peer-to-peer (onde usuários fazem interação sem intermediários).

Rússia e as criptomoedas

A relação entre a Rússia e o mercado de criptomoedas tem sido difícil, para dizer o mínimo. O país é o terceiro maior player do mundo na mineração de bitcoin, atrás dos Estados Unidos e do Cazaquistão, segundo informações da Reuters.

Publicidade

Em 2020, a Rússia aprovou uma lei que reconhece legalmente criptomoedas como o Bitcoin – mas não permite que elas sejam usadas para comprar qualquer coisa.

A terceira atualização da lei reconhece uma moeda digital “como um agregado de dados eletrônicos capazes de serem aceitos como meio de pagamento” e confere status legal, mas acrescenta que “não pode ser usado ao mesmo tempo para pagar por bens de serviços.

Em julho do ano passado, o governo da Rússia revelou que estava elaborando uma lei para permitir que os órgãos reguladores possam confiscar bitcoin e outras criptomoedas que se tornaram fontes de renda do crime.

Ainda em julho de 2021, o Banco Central da Rússia publicou um comunicado recomendando que as bolsas do país não negociem produtos financeiros baseados em criptomoedas, incluindo fundos de índices (ETFs) lastreados em bitcoin. Mas até então, não se falava em banimento.

Publicidade

Putin e o Bitcoin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acenou para o mercado de criptomoedas pela primeira vez em outubro do ano passado; de um lado mordendo e do outro assoprando.

“Penso que [as criptomoedas] têm valor. Mas acho que não podem ser utilizadas para o comércio de petróleo”, disse o líder europeu durante a Semana da Energia na Rússia.

Putin abordou o tema ao responder uma pergunta da emissora americana CNBC. O presidente russo disse achar “muito cedo” para se falar “em troca de recursos energéticos por criptomoedas”, uma vez que o dinheiro digital ainda não é “sustentado por nada”.

Segundo a CNBC, Putin também disse que o consumo de energia para minerar criptomoedas é uma barreira para a adoção em grande escala.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Garoto lucra R$ 170 mil com memecoin fraudulenta, mas investidores se vingam

Garoto lucra R$ 170 mil com memecoin fraudulenta, mas investidores se vingam

Um garato se empolgou com os US$ 30 mil que faturou depois de despejar sua memecoin e fazer o preço despencar; mas os investidores não deixaram barato
Imagem da matéria: Jogo para celular com NFTs, "FIFA Rivals" será lançado pelos criadores de "NFL Rivals"

Jogo para celular com NFTs, “FIFA Rivals” será lançado pelos criadores de “NFL Rivals”

Após alcançar milhões de jogadores com NFL Rivals, a Mythical Games está apostando no futebol Web3 em parceria com a FIFA
Imagem da matéria: Diretor da OKX critica ambiente regulatório no Brasil e executivos da Ripple, Revolut e Crypto.com discordam

Diretor da OKX critica ambiente regulatório no Brasil e executivos da Ripple, Revolut e Crypto.com discordam

“O Brasil continua com um gigante adormecido, principalmente em termos de regulação”, disse diretor da OKX
Imagem da matéria: Chainlink se une ao piloto do Drex em consórcio com Banco Inter e Microsoft

Chainlink se une ao piloto do Drex em consórcio com Banco Inter e Microsoft

A Chainlink vai utilizar sua tecnologia para gerar interoperabilidade entre o Drex e um banco central estrangeiro