Imagem da matéria: Arte tokenizada permite você ser dono de um Andy Warhol por US$ 20
Obra de Warhol com MIck Jagger está na coleção (Imagem: Freeport)

Você sempre quis ter uma serigrafia original, assinada por Andy Warhol? Agora você pode ter uma, por apenas US$ 20,00… por ação tokenizada através de uma nova plataforma de arte fracionada. Além disso, você tem que comprar pelo menos 10 ações para pegar uma fração da propriedade.

Freeport — uma plataforma e galeria comunitária para arte tokenizada — está leiloando o famoso ícone da pop art como sua primeira coleção. Um conjunto de quatro peças com curadoria de serigrafias originais de Andy Warhol está agora disponível na plataforma, variando em preços de cerca de US$ 20,00 a US$ 78,00 por ação, com base na peça.

A seleção inclui as serigrafias originais assinadas de Warhol: “Marilyn” (1967), “Double Mickey” (1981), “Mick Jagger“(1975) e “Rebelde sem causa” (1985). Todos são assinados por Warhol, com a peça “Mick Jagger” também apresentando a assinatura do famoso vocalista dos Rolling Stones.

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Cada peça é representada por 10 mil ações tokenizadas cunhadas na blockchain Ethereum, colocando o valor estimado de cada trabalho entre US$ 199 mil e US$ 782 mil cada.

Qualquer usuário que pretenda investir em uma das quatro peças deve adquirir pelo menos 10 ações baseadas em NFT da obra e pode possuir até mil ações. Em outras palavras, até 1.000 pessoas no total podem possuir uma única peça por conta das ações fracionadas.

Os ativos fracionados dividem um ativo inteiro — seja digital ou físico — em ações ou partes menores. Esses tokens criam liquidez para algo que antes era considerado ilíquido, permitindo que mais pessoas invistam em um ativo. Isso já tem sido feito com arte física, arte digital e até mesmo imóveis.

Eventualmente, se a Freeport vender cada obra original, os lucros rateados serão repassados aos detentores dos tokens e os tokens serão então queimados (ou destruídos permanentemente).

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Enquanto isso, os proprietários de ações tokenizadas podem visualizar e exibir uma versão digital de cada peça através do aplicativo da Freeport, e a empresa diz que planeja adicionar mais utilidades para os detentores. Eles também pretendem lançar um mercado secundário de ações, permitindo eventualmente que os detentores as vendam a terceiros enquanto o ativo original permanecer sob custódia da Freeport.

A Freeport afirma que é a “primeira empresa desse tipo a concluir uma revisão nível A de regulamentações” com a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA para lançar uma “plataforma blockchain para investimento em artes de alto nível.” Tendo em conta o aumento da repressão às empresas de criptomoedas por parte da SEC e a falta de clareza regulamentar com relação à NFTs fracionados, isso pode dar paz de espírito a alguns colecionadores em potencial.

A ícone da moda “Baby”, Jane Holzer, está entre as proprietárias originais de impressões de Warhol e que venderam seu trabalho para Freeport para esta oferta tokenizada.

“Como colecionadora de arte ao longo da vida, sou apaixonado por Warhol. Ele era um amigo querido e sempre empurrava os limites no mundo da arte”, disse Holzer, por um comunicado. “A Freeport também está testando os limites da arte com sua oferta para democratizar a propriedade de obras de arte. Eles estão rompendo de forma disruptiva uma lacuna entre a apreciação da arte e a propriedade para todos.”

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Curiosamente, esta não é a primeira vez que o trabalho de Warhol foi fracionado e vendido via blockchain. Em 2018, Dadiani Syndicate — uma subsidiária da Dadiani Fine Art — também ofereceu obras de Warhol fracionadas. Neste caso, foi a peça de Warhol de 1980 “14 cadeiras elétricas”, que foi avaliado em US$ 5,6 milhões à época.

Mais recentemente, em 2022, a plataforma Showpiece vendeu ações fracionadas da obra “Rainhas Reinantes” de Warhol de 1985. A peça, que retrata a agora falecida Rainha Elizabeth II, foi dividida em 3.500 ações por £100,00 cada.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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