Antônio Augusto de Souza Coelho, um advogado já investigado pela Lava Jato, também teria envolvimento com o esquema de pirâmide financeira chamado de “Boi Gordo” que desviou R$80 milhões, de acordo com informações reveladas pela Veja.
O advogado teria criado a Associação de Parceiros e Credores da Boi Gordo (APCBG) para receber o dinheiro desviado pelo esquema de pirâmide, considerado um dos maiores golpes financeiros da história recente do Brasil, que envolvia investimentos agropecuários, especialmente em cabeças de gado. O “Boi Gordo” teria vitimado cerca de 30 mil pessoas que caíram na promessa do dinheiro fácil.
As milhares de vítimas teriam perdido aproximadamente R$3,9 bilhões nesse esquema de engorda de gado nas Fazendas Reunidas Boi Gordo.
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Um lucro de 42% em apenas um ano e meio era a promessa que atraia investidores durante os anos 90. Contudo, os lucros prometidos eram pagos principalmente a partir do investimento de novas vítimas.
Coelho se tornou réu na Lava Jato após a recente operação E$quema S no Rio de Janeiro, deflagrada na manhã da última quarta-feira (9). Essa investida da Polícia Federal cumpriu mandatos de busca e apreensão em escritórios de advocacia na cidade acusados de receberem repasses do Sistema S. Como resultado, Coelho e outros 25 advogados se tornaram réus na investigação.
O escritório de Coelho recebeu milhões da Fecomercio do Rio de Janeiro, de acordo com o Ministério Público Federal. O advogado responderá pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato.