Hillary Clinton, ex-candidata à presidência americana, afirmou que criptomoedas são “bem interessantes e exóticas”, mas têm o potencial de prejudicar o dólar americano.
“O que parece ser uma iniciativa bem interessante e exótica tem o potencial de prejudicar moedas, prejudicar o papel dos dólares como moedas de reserva e de desestabilizar nações”, disse Clinton durante o evento New Economic Forum da Bloomberg.
Ela acrescentou que, se estiver nas mãos das pessoas erradas, criptomoedas podem ser ameaças diretas a Estados-nação.
“Existe uma outra camada de atividades que podem ser extremamente desestabilizantes ou, nas mãos erradas ou em aliança com as pessoas erradas, podem ser ameaças diretas a muitos de nossos Estados-nação e certamente aos mercados monetários globais”, acrescentou.
Dito isso, Clinton tem a mesma opinião que o presidente Biden, cujas ações demostram que leva a sério os riscos das criptomoedas à segurança nacional.
A ex-candidata à presidência também possui opiniões parecidas com as do ex-presidente Donald Trump, que afirmou que o bitcoin “parece ser uma fraude” e que “é outra moeda que compete com o dólar”.
Criptomoedas, o dólar e a segurança nacional
Ao longo de 2021, o presidente Biden precedeu os comentários de Hillary Clinton ao enfatizar os riscos à segurança nacional relacionados a criptomoedas.
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Este ano, o Departamento de Justiça dos EUA (ou DOJ, na sigla em inglês) anunciou que iria equiparar ransomware ao mesmo nível de prioridade do terrorismo, em meio à altos ataques de ransomware à Colonial Pipeline e JBS.
O presidente Biden também criou uma força-tarefa de ransomware com o propósito de combater ciberataques e rastrear pagamentos de ransomware com criptomoedas.
Preocupações sobre criptomoedas e segurança nacional são justificáveis, considerando a infinidade de evidências que demostraram como maus agentes podem usar a tecnologia.
Este ano, o Hamas admitiu que houve um aumento de doações em bitcoin após o conflito prorrogado com Israel. Andrew Anglin, fundador de um site neonazi, recebeu quase US$ 5 milhões em bitcoin desde janeiro de 2017.
Empresas de inteligência apoiadas pela Rússia também usam criptomoedas para influenciar eleições presidenciais americanas.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.