Phantom, a popular carteira de criptomoedas e extensão para navegador que permite que usuários do blockchain Solana transacionem com protocolos de Finanças Descentralizadas (ou DeFi, na sigla em inglês), afirma que está se preparando para lançar uma versão móvel de sua carteira.
Chris Kalani, diretor de produto e cofundador da Phantom, contou ao Decrypt que a empresa planeja apresentar uma versão “beta e privada próximo dos feriados [de fim de ano]” e um lançamento completo em janeiro.
Phantom está para o Solana como a MetaMask está para a Ethereum, por ser uma carteira também desenvolvida para a interação com as DeFi e outras aplicações na rede.
Por meio de protocolos DeFi, investidores podem obter empréstimo, ganhar juros sobre seus ativos digitais e negociá-los com outros usuários – tudo sem depender de um intermediário financeiro.
No entanto, para obter vantagem do crescente ecossistema DeFi no Solana, que agora controla mais de US$ 15 bilhões em ativos, você precisa de uma carteira cripto que possa ser integrada com as corretoras descentralizadas (ou DEXs), os protocolos de empréstimo e os pools de liquidez da nascente rede.
Apesar de haver outras opções de carteira, talvez Phantom seja a mais popular. Permite que traders enviem, recebam ou convertam tokens dentro do ecossistema Solana.
Também fornece opções para compra, venda e criação de tokens não fungíveis (ou NFTs), os contratos digitais de governança para colecionáveis digitais e/ou reais.
Recentemente, o projeto conseguiu alcançar 1,2 milhão de usuários semanas ativos (Kalani garantiu ao Decrypt que esses usuários “não eram contas ou instalações”, e sim usuários verdadeiros).
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No entanto, até agora, só possuem a versão para desktop da carteira, que é menos do que ideal para traders DeFi sempre em movimento.
O aplicativo para celular, caso seja lançado no prazo, dará aos traders DeFi no Solana um recurso muito necessário em um mercado com opções limitadas.
Grande parte das outras carteiras, por exemplo, não fornecem suporte para staking (alocando o token SOL à rede para que esta se torne mais segura e obter recompensas em cripto).
“Isso significa que poderão emitir NFTs, fazer o staking de tokens e muito mais e não ficarem presos a seus computadores, o que tem um peso muito considerável se considerarmos a rapidez na qual o ecossistema Solana se movimenta atualmente”, afirmou Brandon Millman, CEO e cofundador da Phantom, em um comunicado de imprensa.
Solana está se movendo bem rápido. Recentemente, a moeda SOL havia ultrapassado o tether (USDT), tornando-se o quarto maior criptoativo por capitalização de mercado. Phantom também está crescendo, de acordo com estimativas da empresa.
Em julho, garantiu uma rodada “series A” (quando uma empresa já demonstra seu potencial de crescimento e de geração de receita) de US$ 9 milhões liderada por Andreessen-Horowitz (a16z). Na época, afirmava ter apenas 70 mil usuários.
Além do Solana, Phantom está migrando para outros blockchains, com uma carteira beta para a Ethereum sob desenvolvimento. Isso será bem mais no futuro. “Phantom está bem focada no Solana”, afirmou Kalani.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.