O volume das principais exchanges de criptomoedas do mercado voltou a subir em agosto, superando a barreira de US$ 1 trilhão pela primeira vez desde maio, segundo dados do The Block Research.
O resultado, que levou em conta as movimentações nas 23 maiores corretoras do setor, representa um crescimento de 63% em comparação com as negociações à vista de julho, que ficaram em torno de US$ 651 bilhões.
Como já era esperado, a Binance abocanhou mais da metade desse volume e foi responsável por 70% das negociações do mês passado. Em segundo lugar com 9% está a Coinbase, seguida pela FTX com 5,7%.
De fevereiro a maio de 2021, o volume das exchanges se manteve acima da marca de US$ 1 trilhão, com maio sendo o mês mais agitado do ano. Naquele período, as corretoras movimentaram mais de US$ 2 trilhões pela primeira vez na história.
A tendência de alta foi interrompida em junho quando o volume caiu para US$ 958 bilhões. As quedas se intensificaram em julho, quando o volume atingiu o nível mais baixo do ano de US$ 651 bilhões.
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Os investidores voltaram a negociar nas exchanges em agosto à medida que as principais criptomoedas do mercado recuperaram seus preços. O bitcoin, por exemplo, conseguiu superar a marca de US$ 50 mil pela primeira vez desde maio e, nos últimos 30 dias, acumula um ganho de 28%.
Já o ethereum mostra um desempenho ainda melhor no período mensal ao valorizar 47%, de acordo com o CoinMarketCap. Nesta sexta-feira (3), o ether superou a barreira dos US$ 4 mil pela primeira vez em quatro meses. Neste ritmo, a moeda só precisa subir cerca de 8% para alcançar a máxima histórica de US$ 4.360.
Negociações disparam no Brasil
Os investidores brasileiros também voltaram a negociar em agosto, levando as exchanges nacionais a movimentar R$ 3,5 bilhões em bitcoin no período, volume 30% superior ao registrado em julho, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Embora o número supere as negociações dos meses anteriores — R$ 2,7 bi em julho e R$ 3,1 bi em junho —, ele ainda é praticamente metade do volume recorde de R$ 6,4 bilhões registrado em maio.
A Binance continua prevalecendo no Brasil e foi responsável por 74% de todas as negociações de bitcoin no país em agosto, ao movimentar cerca de R$ 2,6 bilhões. Em segundo lugar aparece o Mercado Bitcoin com um volume de R$ 617 milhões, seguido por FoxBit (R$ 173 milhões) e BitcoinTrade (R$ 131 milhões).