O juiz federal norte-americano Matthew W. Brann condenou um sócio de uma empresa que compra gados a pagar US$ 550 mil a dois fazendeiros da Pensilvânia (EUA). O acusado foi apontado como responsável por um tipo de ‘esquema ponzi de transferência de gado’.
De acordo com a sentença, publicada na semana passada, os fazendeiros Eugene Nicholas e Heidi Worden, do distrito de Loganton, venderam entre 2016 e 2017 centenas de cabeças de gado para Jeffrey Snider, sócio de uma empresa chamada CAV Farms Inc. Ele administrava as finanças e os registros do negócio.
O acusado, segundo a sentença, usou um intermediário chamado Michael Rogers para fazer a negociação de bois com os fazendeiros. Após a venda, no entanto, o réu Snider se recusou a pagá-los, e alegou que o tal do Rogers na verdade era um malfeitor.
Em agosto de 2018, os fazendeiros prejudicados entraram com ação na Justiça em busca da reparação dos valores perdidos na negociação.
Na decisão, o magistrado Matthew W. Brann disse que na verdade o tal do Rogers era um agente de Snider, que atuava como ‘traficante’ e havia montado um tipo “esquema ponzi de vaca” para ganhar dinheiro.
“O réu estavam no centro de uma espécie de esquema ponzi de vaca”, falou o juiz.
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Após analisar o caso, o juiz entendeu que tudo havia sido orquestrado individualmente por Jeffrey Snider, pois ele era o responsável pela administração da CAV. O tal do Rogers, que fez a negociação em nome dele, não foi condenado.
De acordo com o magistrado, Snider permitia que Rogers conduzisse os negócios de maneira a prejudicar os clientes e gerar vantagem indevida.
Pirâmide de vaca brasileira
Golpes financeiros no campo são comuns no Brasil. Um dos mais conhecidos é o esquema das “Fazendas Reunidas Boi Gordo”, considerada uma das maiores fraudes financeiras do Brasil.
Em resumo, a fazenda oferecia contratos de investimentos coletivo nos anos 90, com a promessa de pagar 40% sobre o investimento em um período de 18 meses. O negócio afirmava trabalhar com criação, engorda e venda de bois.
Cerca de 30 mil pessoas foram enganadas. O prejuízo chegou a quase R$ 4 bilhões.