De acordo com os resultados apresentados pela AES Tietê (TIET11) recentemente, a companhia conseguiu crescer mesmo diante da pandemia.
Graças ao seu eficiente modelo de portfolio management, a empresa performou bem no terceiro trimestre. Esse modelo é interessante, visando otimizar a comercialização de produção energética entre os mercados de curto e longo prazo, mantendo os custos em níveis baixos.
A Inter Research espera um dividend yield de 5% para os próximos anos e informou que acredita na tese de investimentos da AES Tietê e que a vê como opção para uma carteira com foco em proventos.
Entretanto, mesmo com essas considerações e destacando pontos positivos na empresa, a research manteve recomendação neutra. Segundo a Inter, o preço-alvo para TIET11 é de R$ 16 por unit, correspondendo a uma potencial upside de 4%.
Destaques da research
A Inter Research destacou o crescimento de 17% A/A na margem operacional líquida, que totalizou R$ 388 milhões no 3T20. Como companhia de energia, portanto, a margem operacional liquida é a receita líquida menos o custo de energia comprada para revenda.
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De acordo com a Inter, a AES Tietê adotou uma estratégia de alocação das vendas ao longo do ano. Os preços de compra para revendas caíram bastante, justificando o bom desempenho no trimestre.
O EBITDA e o lucro operacional cresceram devido à manutenção das despesas operacionais, em R$ 76,4 milhões. Dessa forma, o EBITDA totalizou R$ 312 milhões, crescendo 20,6% A/A e o lucro operacional R$ 232 milhões, crescendo 26% ante o terceiro trimestre de 2019.
Por fim, o endividamento bruto ao final de setembro foi de R$ 4,8 bilhões, crescendo 12% ante mesmo período de 2019. Isto porque a empresa tomou R$ 500 milhões em dívidas com objetivo de reforçar o caixa e passar pela pandemia.
Sua dívida liquida ficou em R$ 2,8 bilhões, quase igual a do terceiro trimestre do ano passado. Já sua alavancagem – dívida líquida/EBITDA – caiu de 3x para 2,8x.