Em reportagem na semana passada, a emissora estatal TV Brasil falou sobre a resistência das criptomoedas em meio à pandemia de Covid-19, levando em conta o impacto causado nos mercados no mundo. A entidade pertence à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do governo federal.
Citando o bitcoin, que acumula uma alta de cerca de 30% desde janeiro deste ano, a reportagem disse que “em meio às turbulências, as moedas virtuais criptografadas resistem aos abalos mais fortes”.
Segundo a reportagem, o bitcoin aponta para um futuro sem dinheiro e sem banco. “Uma alternativa para investidores, mesmo sendo de altíssimo risco”, disse o repórter Pablo Mundim.
Ele ressaltou o mercado de mais de US$ 270 bilhões (liderado pelo bitcoin com cerca de US$ 180 bilhões) e a valorização no período de US$ 7. 200 para US$ 9.500. Hoje um bitcoin no Brasil está avaliado em cerca de R$ 48 mil.
Vale lembrar que em 2018 o mercado de criptomoedas chegou a bater a casa dos US$ 700 bilhões (na ocasião, só o mercado do bitcoin valia quase todo o mercado atual; aproximadamente US$ 240 bilhões).
“Tudo o que está acontecendo no mundo é claro que impacta o setor (de criptomoedas) também, mas impacta menos, porque ele não está atrelado a toda essa situação mundial — de mercados fechados, fronteiras fechadas”, disse à reportagem, Daniel Coquieri, sócio-fundador e COO da corretora brasileira BitcoinTrade.
Investidores de criptomoedas
A reportagem do TV Brasil falou com dois investidores cujos sentimentos de mercado são otimistas em relação à valorização do bitcoin a longo prazo.
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“Para 2021/2022 vai ser muito interessante esse tipo de investimento”, disse o analista de sistemas Ricardo José Saraiva dos Santos.
Willians Monteiro, que faz mentoria para startups, acredita que as moedas virtuais serão o futuro do mercado financeiro.
“Num momento de pandemia as inseguranças vão existir, mas num longo prazo certamente esse tipo de investimento vai ser sim bastante rentável para o investidor individual”, disse.
Bitcoin a médio e longo prazo
Com anos de experiência no mercado de criptomoedas e de tecnologia, Coquieri sugere paciência ao investidor.
“Não compre bitcoin achando que você vai ficar rico amanhã; não invista em bitcoin achando que amanhã ele vai dobrar de preço; isso não vai acontecer. Mas olhando a médio e longo prazo é um ativo que tem características de se valorizar”.
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