Na segunda-feira (01), um dos maiores jornais brasileiros de notícias, Valor Econômico destacou o quão grande está sendo o desafio da Comissão de Valores Mobiliários em conter inúmeras tentativas de pirâmides financeiras.
Segundo José Alexandre Vasco, superintendente de proteção e orientação aos investidores da autarquia, a estimava é que sejam 250 casos neste ano, nove vezes mais que 2014.
“Foram abertas 369 apurações resultantes de queixas entre 2014 e 2018, com um volume crescente ano após ano”, disse o superintendente à publicação.
Na publicação, o jornal destaca as empresas Unick Forex, agora chamada de Unick Academy, a Indeal e a Unabank, antes chamada de Unários. De acordo com o texto, a CVM viu um salto no número de reclamações e questionamentos de investidores sobre gestão e ofertas irregulares e suspeitas de golpes.
“Quase toda semana aparecem nomes novos, num mercado com alcance ainda desconhecido e com grande potencial de riscos”, diz a reportagem, considerando o ponto de vista do regulador, cuja preocupação é com a gestão indevida de recursos.
A autarquia sempre avalia reclamações e alerta quando é necessário. No caso da Unick Forex, a CVM, além de instaurar o processo sancionador, emitiu mais uma vez um alerta aos investidores sobre a atuação irregular da empresa.
Ainda sobre a Unick, o Valor diz que “não fica claro qual o produto oferecido ali, mas o site da Unick afirma que a principal atuação da empresa é com operações em forex [câmbio] e arbitragem”.
A empresa, porém, afirma que não é pirâmide nem empresa de investimentos, mas uma companhia de ‘marketing multinível’ que vende ‘conhecimento sobre o mercado’, escreveu o jornal.
Unick Forex e Simony
O texto cita a cantora Simony, que também investiu na Unick. Ela disse: “As pessoas ficam loucas, vendem casa, investem tudo o que têm. Não é assim que funciona”.
A artista diz que investiu no negócio, mas não saber exatamente onde o dinheiro foi aplicado, pois é o marido que cuida de suas finanças.
Reclamações crescem
A CVM analisa as queixas e alerta. Se o problema continua, ela abre um inquérito. E são casos que desafiam as autoridades, pois muitas ofertas não deixam claro do que realmente se trata — se investimentos financeiros ou valores mobiliários e produtos não regulados, diz o site.
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O Valor sugere que a queda da taxa de juros e a estabilização da economia brasileira contribuem para tais negócios. Vasco também pensa igual: “as pessoas estão procurando retornos mais altos, e por isso estão dispostas a tomar mais riscos”.
Caso Indeal
A publicação também falou sobre o caso da Indeal, cujo inquérito da Polícia Federal (PF) já foi concluído e 19 pessoas vão responder por vários crimes. Dentre eles, organização criminosa, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
Cerca de R$ 1 bilhão pode ter sido captado pelo grupo investigado. Segundo a PF, alguns sócios apresentaram uma evolução patrimonial descomunal.
A CVM também alertou os investidores no dia 04 de janeiro sobre a atuação irregular da Jonas Spritzer Amar Jaimovick e Spritzer Consultoria Empresarial Eireli – ME (Razão social da JJ Invest).
Unários
A Unários, citada na reportagem como sendo de Salvador (BA), dizia ser uma empresa de gestão de investimentos com atividade de day trade, bolsa esportiva e criptomoedas — quem entrava ganhava bônus por indicação.
Segundo o Valor, agora com novo nome — Unabank — a empresa alega ser uma plataforma de pagamentos — ela se autodefine como um ‘banco digital’. No entanto, não há qualquer registro da empresa no sistema do Banco Central.
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