Indeal, pf
Primeira operação da PF na casa de um dos sócios da Indeal em 2019 (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A esposa de um dos sócios da InDeal que estava entre os 10 presos na Operação Egypto foi liberada pela Justiça para cumprir prisão domiciliar, reportou o Gaúcha ZH. Karin Denise Homem é esposa de Ângelo Ventura da Silva, que também está preso desde o dia 21 de maio.

De acordo com o site, Karin foi beneficiada por uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê prisão domiciliar para mães de filhos com menos de 12 anos — ela é mãe de uma criança de oito anos.

Publicidade

Segundo o jornal, a decisão foi do juiz Guilherme Beltrami, da 7ª Vara Federal de Porto Alegre e a investigada já aguarda tornozeleira eletrônica no Presídio Madre Pelletier, que fica em Teresópolis, também na cidade gaúcha.

Além do monitoramento eletrônico, Beltrami determinou que a investigada entregue seu passaporte e compareça à Vara se a Justiça achar necessário. Ela também está proibida de contatar o marido, bem como ter acesso a meios de comunicação, como telefone e internet.

Fora isso, o juiz escreveu que Karin terá que liberar o acesso da Polícia Federal ao seu domicílio, sem prévio aviso.

A determinação serve para que as autoridades verifiquem o cumprimento das condições. Em caso de descumprimento, Karin terá a liberdade provisória revogada, disse o Gaúcha ZH.

Publicidade

Karin e o marido receberam da Indeal R$ 2,8 milhões e R$ 1,6 milhões, respectivamente. Os valores foram apurados pela Receita Federal do Brasil que dá apoio no caso, junto com a Polícia Civil, à Polícia Federal.

A empresa é investigada por fraude envolvendo falsos investimentos em criptomoedas.

Sócios ficaram em silêncio

Na semana passada, cinco sócios da InDeal que foram presos durante a Operação foram levados do sistema prisional para serem ouvidos na Delecor, mas todos permaneceram em silêncio o tempo inteiro.

As autoridades acreditam que eles façam parte de um plano milionário de arrecadação da InDeal para posterior uso do dinheiro em benefício próprio. A prova disso, segundo a Polícia, é um déficit de R$ 300 milhões nos cofres da empresa.

Funcionário do Bradesco investigado

Interceptações telefônicas da polícia revelaram que um dos sócios da InDeal foi avisado por um funcionário do banco Bradesco sobre a quebra de sigilo bancário da empresa.

Publicidade

As escutas, gravadas em abril, apontam que houve um diálogo entre Marcos Antônio Fagundes, um dos presos na Operação Egypto, e uma advogada de Novo Hamburgo.

No diálogo, Fagundes relata que foi informado por um funcionário de uma agência do Bradesco da cidade que a PF havia solicitado extratos da conta da InDeal.

Clientes fazem abaixo-assinado

Alguns clientes da InDeal estão fazendo um abaixo-assinado a favor da empresa, mesmo depois que a Polícia e a Receita Federal darem detalhes sobre a atuação ilícita da empresa.

Registrada na plataforma Avaaz como ‘Manifestação pública de apoio a InDeal’, a campanha visa 7.500 votos de apoio. Na manhã desta terça-feira (04), cerca de 6.400 pessoas já haviam assinado a petição.

O grupo de apoio diz que o intuito da petição é que a atual situação seja esclarecida o mais rápido possível para que a empresa possa continuar atuando no mercado.

Publicidade

Operação InDeal

A Operação Egypto foi idealizada a partir de um e-mail direcionado à PF, onde a pessoa questionava a legalidade da companhia.

Após investigações, descobriu-se, então, que a suposta empresa de criptomoedas arrecadou R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019.

No entanto, esse valor pode chegar a R$ 1 bilhão, segundo um auditor fiscal de Receita Federal que falou após a ação.

Participaram da operação 130 policiais federais, 20 servidores da Receita Federal do Brasil e seis policiais civis que cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em várias cidades do país.

Além dos mandados, foram expedidas ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros em nome de pessoas físicas e jurídicas, de dezenas de imóveis e a apreensão de veículos de luxo.

Promessa da InDeal

O inquérito policial foi instaurado em janeiro de 2019 para apurar a atuação da empresa. Ela estaria captando recursos de terceiros sem a autorização dos órgãos competentes.

Publicidade

A empresa dizia que aplicava o dinheiro em criptomoedas e oferecia um retorno garantido de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação.

Leia também: Justiça bloqueia R$ 726 mil de contas do Bitcoin Banco após práticas abusivas


Compre criptomoedas na 3xBit

Inovação e segurança. Troque suas criptomoedas na corretora que mais inova do Brasil. Cadastre-se e veja como é simples, acesse: https://3xbit.com.br

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Aliados do Ethereum: Arbitrum encontra bug na Optimism que colocaria fundos em alto risco

Aliados do Ethereum: Arbitrum encontra bug na Optimism que colocaria fundos em alto risco

Se a detecção da Arbitrum não tivesse sido feita, uma nova implementação do Optimism teria colocado em risco os fundos dos usuários da rede
Imagem da matéria: Lobistas cripto processam reguladores dos EUA por nova regra que ameaça setor DeFi

Lobistas cripto processam reguladores dos EUA por nova regra que ameaça setor DeFi

A ação judicial é a mais recente de uma série de movimentos proativos da indústria de criptomoedas contra a SEC
Telas de smartphone e computador sobrepostas mostram logo da corretora Mercado Bitcoin

MB lança Monest, token de Renda Variável Digital com potencial de rentabilização de até 4x

Os investidores serão remunerados com parte da receita bruta da Monest Cobranças S.A, plataforma de gestão de inadimplência e cobrança digital no Brasil
Imagem da matéria: Semana Cripto: Bitcoin vacila, mas memecoins saem vencedoras — de novo

Semana Cripto: Bitcoin vacila, mas memecoins saem vencedoras — de novo

Bonk, Pepe e Floki estão entre os tokens que mais valorizaram na semana, com ganhos de até 60%