O Banco de Compensações Internacionais (BIS) disse que o preço das criptomoedas estão relacionados a ações regulatórias, segundo relatório de uma pesquisa realizada pela instituição e publicado no último domingo (23).
O estudo descobriu que a ideia mais popular entre os entusiastas das criptomoedas, a ‘liberdade financeira’, sem a dependência de intermediários, ainda tem chão para que se torne realidade, pois a valorização dos criptoativos ainda dependem de ações regulatórias para definir o novo mercado como tal.
Os dados apresentados no relatório mostram que, embora os mercados geralmente não respondam às notícias sobre bancos centrais que emitem alertas gerais sobre criptomoedas, eles mostram uma resposta significativa na aplicação de regulamentos internacionais.
Dentre eles, a prevenção à lavagem de dinheiro (AML), combate ao financiamento do terrorismo (CFT) e o indispensável ‘conheça seu cliente’ (KYC).
De acordo com o BIS, há alguns pontos a serem observados para entender que qualquer anúncio regulatório influencia diretamente no novo mercado e que também há fatos globalmente conhecidos que nada influenciam.
Proibições e indecisões
Quando são divulgadas notícias relevantes, como as do governo da China, por exemplo, que proibiu as ICOs e as Exchanges, que são decisões diretamente relacionadas a ações regulatórias, os mercados tendem a responder significativamente.
Do mesmo modo acontece com divulgações da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) sobre os ETFs de bitcoin,por exemplo, uma decisão que ainda não se revelou definitivamente.
No entanto, os mercados também reagem positivamente quando surgem notícias como de países emergentes adotando o novo modelo financeiro, como Malta, Suíça, Japão, dando mais liberdade na criação de projetos no setor criptoeconômico.
Restrições e avais
Notícias de que uma exchange de criptomoedas teve a abertura de sua conta bancária negada ou uma conta cancelada têm um efeito notavelmente negativo no mercado local.
Por outro lado, divulgações sobre sinal verde para as startups do setor se envolverem com organizações financeiras regulamentadas produzem significativamente um sentimento positivo no mercado.
Risco e moeda nacional
Contudo, as advertências sobre riscos em investimentos em criptomoedas têm um efeito insignificante no mercado. O mesmo também vale para anúncios de reguladores financeiros e bancos centrais anunciando seus próprios planos de emissão de moeda digital.
Os planos da Estônia, por exemplo, que cogitou em criar uma criptomoeda nacional e recebeu um tapa da União Europeia (UE) não teve nenhum efeito sobre o mercado de criptoativos, assim como a controvérsia Petro da Venezuela.
A conclusão final do relatório, segundo a CCN, é que, apesar da acessibilidade e funcionalidade transfronteiriça das criptomoedas, diferenças significativas de preço ainda são perceptíveis em todas as jurisdições, indicando que há um nível expressivo de segmentação de mercado.
Sobre o BIS
O BIS é uma organização internacional que representa 60 bancos centrais e estimula a cooperação monetária e financeira internacional. Resumidamente é um banco para os bancos centrais.
Fundado em 1930, o BIS é a instituição financeira internacional mais antiga. Hoje representa, cumulativamente, 95% do PIB global.
A instituição entrou na discussão sobre a chegada de grandes plataformas digitais no setor financeiro recentemente, pois é um assunto que vem ganhando notoriedade na comunidade internacional bancária, segundo o Estadão.
“As chamadas ‘gigantes de tecnologia’ são grandes. Elas já contam com a infraestrutura de tecnologia de informação necessária, habilidades analíticas, recursos financeiros e uma base de clientes estabelecida para corroer a participação de mercado dos bancos”, diz um trecho do Relatório Econômico Anual divulgado em junho deste ano pela instituição.
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