O Bitcoin avança nesta quinta-feira (6) em meio à maior confiança de traders em ganhos para a maior criptomoeda do mundo, se descolando mais uma vez dos mercados acionários, onde investidores reagem à ata da última reunião do banco central dos EUA, que revelou divisão entre os diretores sobre fazer uma pausa no aperto monetário e também sinais de mais aumentos dos juros à frente.
Depois de subir para o maior patamar em 13 meses, o Bitcoin (BTC) tem alta de 1,4% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 31.158,77, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC ganha 1,3%, negociado a R$ 151.479,36, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) anda de lado, com alta de 0,8%, para US$ 1.940,49.
As principais altcoins mostram desempenho misto nesta quinta, entre elas BNP (-0,0%), XRP (-0,8%), Cardano (-0,7%), Dogecoin (-0,3%), Solana (+4,9%), Polkadot (-0,2%), Polygon (-0,9%), Shiba Inu (-0,6%) e Avalanche (+0,5%).
A Mynt, plataforma de investimentos em criptoativos do BTG Pactual, listou três novos tokens na quarta-feira (5). Ethereum Name Service (ENS), Illuvium (ILV) e TetherUSD (USDT) passam a estar disponíveis para composição da carteira de investimentos cripto de seus clientes.
A Circle, emissora da USDC, avalia emitir uma stablecoin no Japão, na esteira da aprovação de novas regras no país em 1º de junho, disse o CEO Jeremy Allaire em entrevista ao CoinDesk.
Bitcoin hoje
Depois de estacionar na madrugada desta terça, o Bitcoin deu um salto de 3,3%, para US$ 31.500, a maior cotação em mais de um ano, mostram dados da Reuters.
Relatório da Matrixport destaca que o Bitcoin poderia chegar a US$ 125 mil até o final de 2024.
Em entrevista à Fox Business na quarta-feira, o CEO da BlackRock, Larry Fink, disse que o fundo de índice (ETF) de Bitcoin à vista que a empresa pretende lançar pode “democratizar” os criptoativos. O líder da maior gestora de ativos do mundo também vê a maior criptomoeda como um “ativo internacional”, enquanto o ETF seria uma forma de baratear e facilitar os investimentos em Bitcoin.
“Custa muito dinheiro agora para negociar Bitcoin”, disse Fink durante a entrevista à Fox Business. “Esperamos que nossos reguladores vejam esses registros como uma forma de democratizar as criptomoedas”, comentou em referência à série de pedidos de ETFs de Bitcoin spot lançados por gigantes de Wall Street.
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Na quarta-feira, a gestora cripto Valkyrie também atualizou sua solicitação para o mesmo produto e definiu a Coinbase como parceira para monitorar os preços no mercado e evitar manipulação, uma das exigências da SEC, a CVM dos EUA.
O CEO da Binance, Changpeng ‘CZ’ Zhao, destacou a entrada de grandes players como a BlackRock no espaço cripto como “extremamente benéfica” durante uma sessão no Twitter Spaces. “Quanto maior, melhor”, disse CZ, explicando que mais empresas podem oferecer “mais cobertura”.
Aliás, a maior exchange cripto do mundo tem perdido participação no mercado global e também nos EUA, onde sua afiliada e o próprio CEO são alvos de processos da SEC. Até 26 de junho, a fatia da Binance.US havia encolhido para 0,9% comparada a 22% em abril, mostram dados da Kaiko.
Com problemas também na Europa, a Binance está em busca de um novo diretor de políticas para a região, de acordo com o The Block.
Investigações sobre Celsius
Investigadores da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC) concluíram que a plataforma de crédito cripto Celsius Network e seu ex-CEO violaram as regras dos EUA antes do colapso da empresa, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg.
Se a maioria dos comissários da CFTC concordar com essa conclusão, a agência poderá abrir um processo no tribunal federal ainda este mês, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas. Os advogados da unidade de fiscalização concluíram que Celsius enganou investidores e deveria ter se registrado no órgão regulador. O ex-CEO da Celsius, Alex Mashinsky, também teria violado os regulamentos, disse uma das pessoas.
Procurada pela Bloomberg, a CFTC não quis comentar. Representantes e advogados da Celsius não responderam a pedidos de comentários. Mashinsky e seu advogado também não responderam.
Em outro processo de recuperação judicial, nesta quinta acaba o prazo para a oferta final dada pela corretora cripto Gemini ao Digital Currency Group para pagar uma dívida de cerca de US$ 1,5 bilhão relacionada ao extinto programa de renda passiva Earn, que a empresa mantinha em parceria com a Genesis, unidade do DCG. Caso não haja resposta, a Gemini ameaça abrir um processo contra o conglomerado.
Outros destaques das criptomoedas
O Instagram, divisão da Meta Platforms, lançou oficialmente o Threads, um aplicativo desenvolvido como rival direto do Twitter, a rede social comprada pelo bilionário Elon Musk. O aplicativo obteve mais de 10 milhões de inscrições nas primeiras sete horas, disse o fundador da Meta, Mark Zuckerberg, em sua conta no Threads. Segundo a Bloomberg, o número ainda está muito longe dos mais de 300 milhões de usuários do Twitter.
Em seu primeiro tuíte em 11 anos, Zuckerberg comemorou o lançamento com uma provocação a Musk, mostrando dois “homens-aranha” idênticos preparados para a briga. E seguindo os planos de Musk de transformar o Twitter em um superaplicativo, a plataforma recebeu três licenças estaduais nos EUA como “transmissora de dinheiro”, de acordo com o Decrypt.
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