O desenvolvedor anônimo Ryoshi, criador da memecoin Shiba Inu (SHIB), apagou todos os tuítes de seu perfil na rede social e os textos que publicou sobre a criptomoeda na plataforma de blogs Medium.
Por enquanto, não existem indícios que Ryoshi tenha sido hackeado. O perfil oficial da Shiba Inu no Twitter não abordou a questão.
Além de apagar os tuítes, Ryoshi mudou a biografia de seu perfil. O espaço, que antes o apresentava como ““SHIB and LEASH Founder. We Do it for teh ppl”, agora está em branco. A foto de perfil também foi mudada.
Já no Medium, Ryoshi deixou o que parece ser uma despedida, pouco após apagar o conteúdo referente à criptomoeda. “Eu não sou importante, um dia vou sumir sem aviso. Pegue o SHIBA e siga a jornada adiante”, escreveu. “Cada membro do Exército Shiba é Ryoshi. Esse nome não representa alguém, mas toda a glória do Exército Shiba. FIM”, complementou.
O portal Watcher Guru apontou que a ação de apagar os posts no blog veio exatamente um ano após Ryoshi ter “desaparecido”, com a publicação de seu quarto e último texto sobre Shiba Inu no Medium.
Além disso, seus últimos tuítes também foram feitos em maio de 2021.
A história por trás do meme
De acordo com seu site oficial, SHIB foi criado como um “experimento espontâneo da construção de comunidades descentralizadas” pelo desenvolvedor anônimo Ryoshi (que, em japonês, significa “pescador”).
Ryoshi acredita que a comunidade deveria ser formada por “zé-ninguéns” e “substituíveis”, de modo a descentralizar ao máximo o projeto. “Com Shiba, esclarecemos desde o início que ninguém está no comando. Não existe um culpado, uma pessoa responsável ou entidade que possua as chaves do reino”. Em maio, Ryoshi acrescentou que “até hoje, possuo 0 SHIB”.
O “woofpaper” (“whitepaper”) do shiba inu apresenta a seguinte pergunta: “O que aconteceria se um projeto de criptomoedas fosse 100% comandado por sua comunidade?”.
Um total de um quadrilhão de SHIB foi emitido e os desenvolvedores anônimos por trás do shiba inu enviaram cerca de metade do fornecimento total (um pouco acima de 505 trilhões) ao endereço do cofundador da Ethereum Vitalik Buterin.
A lógica, segundo Ryoshi, era que “não existe grandiosidade sem um ponto de vulnerabilidade e contanto que [Buterin] não nos dê uma puxada de tapete, então SHIBA irá crescer e sobreviver”.
Depois de um tempo, Buterin queimou 410,24 trilhões de SHIB (90% de seus ativos) e doou o restante para a caridade, argumentando que, se fosse fazer algo com os tokens que ganhou, iria gerar especulação desnecessária.