Letreiro do Banco Santander
(Foto: Shutterstock)

Pioneiro entre os bancos no uso da tecnologia blockchain, o Santander lançou um título de US$ 20 milhões (R$ 80 milhões) na plataforma do Ethereum, reportou o grupo na quinta-feira (12).

O banco realizou o processo de transferência do início ao fim, já que a outra parte é uma empresa que pertence ao grupo.

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Para o Santander, o uso dessa tecnologia permite que o processo seja mais rápido, eficiente e simples. O título transacionado foi comprado por uma empresa subsidiária do grupo e a preço de mercado.

No mercado financeiro, o termo ‘título’ é usado para indicar um instrumento financeiro utilizado por entidades privadas e públicas tanto para financiar como para emprestar.

Segundo o banco, o título seguirá existindo somente dentro da plataforma blockchain, mas que seria um primeiro passo para tokenização desses instrumentos financeiros no futuro.

O título tem prazo de um ano e possui um cupom trimestral de 1,98% — no setor financeiro, cupom é o termo utilizado para a taxa de juros anual prefixada paga sobre o valor nominal de um título.

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De acordo com a nota, a operação contou com a participação da fintech britânica Nivaura, que cria soluções digitais para instituições financeiras, e com a assessoria do escritório de advocacia Allen & Overy, empresa também do Reino Unido.

José García Cantera, diretor financeiro do Banco Santander, disse que a instituição quer aproveitar qualquer tecnologia que acelere o processo para que os clientes progridam e sejam mais rápidos e eficientes.

“O Santander está na vanguarda do processo de profunda transformação digital no setor financeiro e esta operação é um exemplo”, disse.

Santander e Blockchain

O Santander foi um dos primeiros bancos a se interessar em transferências via blockchain. Em abril do ano passado, por meio de uma parceria com a Ripple, o grupo lançou um serviço chamado ‘Santander One Pay FX’, um aplicativo para transferências internacionais.

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O aplicativo havia sido o primeiro sistema de envio de remessas por blockchain feito por um banco. Só que, seis meses depois, apenas uma transferência havia sido realizada — já que instituições ainda preferiam os meios tradicionais, como o Swift. 

Logo, rumores sugeriam que a intenção do banco era apresentar o serviço como uma forma de marketing, tentando vender a imagem de uma das primeiras instituições financeiras tradicionais a adotar blockchain.


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