Ronaldinho Gaúcho já se tornou figurinha carimbada no mercado de criptomoedas, promovendo tudo quanto é tipo de empresa do setor, indo desde aquelas acusadas de pirâmide financeira à Atari, uma das maiores companhias de videogame do mundo.
Desta vez, o ex-jogador de futebol se tornou o embaixador global da Graph Blockchain, uma empresa canadense que fornece aos investidores exposição à altcoins e oportunidades no meio das finanças descentralizadas (DeFi) e NFTs.
Graph explica no seu site oficial que opera através de subsidiárias como New World, uma plataforma de NFTs, Babbage Mining, uma mineradora de criptomoedas Proof of Stake (PoS), e a Beyond the Moon, uma empresa focada em IDO (Initial Dex Offering).
Vale destacar que apesar da semelhança com o nome, Graph Blockchain não tem qualquer relação com o The Graph (GRT), um protocolo descentralizado de indexação baseado no Ethereum criado por argentinos, responsáveis por levar Vitalik Buterin ao país vizinho no final do ano passado.
Ronaldinho entra na onda dos NFTs
A empresa anunciou na segunda-feira (14) que a parceria com Ronaldinho será focada na sua subsidiária New World, que se prepara para lançar sua plataforma de NFTs baseada em realidade aumentada (AR).
Como embaixador global, o brasileiro vai promover eventos exclusivos e experiências NFT para atrair seus apoiadores à nova plataforma. Segundo a companhia, Ronaldinho vai colaborar com Diogo Snow, artista brasileiro que cofundou o New World e já produziu projetos de NFT para rappers como Drake e Fetty Wap.
“Eu entendo a influência que tenho sobre meus torcedores e o envolvimento com meus fãs sempre foi timportante para mim, e é por isso que decidi me tornar o embaixador global do New World. O crescimento global do mercado NFT tem sido realmente incrível, e essa plataforma permite que os fãs interajam com suas celebridades favoritas de uma maneira nunca antes feita”, declarou Ronaldinho em nota.
Como parte do acordo com o brasileiro, a Graph Blockchain concordou em emitir 4.000.000 ações ordinárias sujeitas à aprovação dos reguladores do Canadá.
A polêmica trajetória do Ronaldinho no meio cripto
Um dos nomes mais populares do futebol brasileiro, Ronaldinho Gaúcho se envolveu em uma série de polêmicas no setor cripto nos últimos anos.
Ele foi o garoto-propaganda da corretora LBLV, acusada de aplicar golpes em milhares de brasileiros ao oferecer investimentos sem autorização da CVM.
O jogador também já precisou dar explicações às autoridades sobre o seu envolvimento com a 18k Ronaldinho, investigada pela prática de pirâmide financeira. A empresa era sustentada através de marketing multinível e prometia rendimentos de 2% ao dia em arbitragem de criptomoedas.
Pouco depois de se tornar alvo de uma ação coletiva de R$ 300 milhões de clientes prejudicados pela empresa, o ex-jogador chegou a ser preso tentando entrar no Paraguai com um passaporte falsificado.
Ronaldinho ainda promoveu a Airbit Club, um esquema de pirâmide liderado pelo brasileiro Gutemberg dos Santos, preso nos EUA por enganar milhares de investidores e coordenar uma rede internacional de lavagem de dinheiro.
O jogador até mesmo tentou criar a sua própria criptomoeda no passado, a Ronaldinho Soccer Coin (RSC), mas o projeto não foi adiante.