Os riscos de falhas no mercado cambial de US$ 6,6 trilhões nunca estiveram tão alto, segundo Marc Bayle de Jessé, CEO da CLS Group Holdings. A empresa com sede em Nova York (EUA), presta serviço de liquidação entre bancos centrais.
A afirmação de Jessé é parte de um estudo feito pela CLS e publicado pelo Comitê Global de Câmbio na última sexta-feira.
À frente da companhia desde o ano passado, quando deixou seus 20 anos de colaboração no Banco Central Europeu (BCE), o diretor disse que apesar de esforços, não foi possível acompanhar o ritmo do rápido crescimento do setor forex.
Segundo o Financial Times, em dezembro último a CLS já havia sido alertada da queda nos negócios pelo Bank for International Settlements.
De acordo com Jessé, agora é preciso pensar em outras maneiras de resolver o problema do risco sistêmico, dada a maneira pela qual a negociação em forex evoluiu.
CLS diz que novas moedas resolveria problema
Devido a esse crescimento global, a CLS agora lida com apenas um terço dos negócios qualificados para liquidação. Isso porque cerca de US$ 1,25 trilhão em transações diárias estão fora de seu escopo por conta do forte comércio de renminbi e rublo, moedas da China e Rússia, respectivamente.
Por esse motivo, Jessé observou que o CLS estava discutindo com reguladores e bancos centrais maneiras de incluir moedas de mercados emergentes quando elas são negociadas em relação ao dólar ou ao euro.
A última incluída no sistema de liquidação da empresa foi a florim húngara, em 2015; Está em discussão no momento, o peso chileno.
Portanto, se incluir mais moedas de troca for o caminho para resolver problema também não será o meio mais rápido de resolver o problema, diz jornal. Isso porque Jessé admitiu que o processo é complexo e poderia levar muito tempo.
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