A Ropsten será a primeira rede de testes pública do Ethereum a migrar do mecanismo de consenso proof of work (ou PoW, na sigla em inglês) para o proof of stake (ou PoS) como parte da “Fusão” da blockchain, previsto para agosto.
Nesta segunda-feira (30), Tim Beiko, desenvolvedor geral do Ethereum, compartilhou a notícia no Twitter: “A mais antiga rede de testes PoW do Ethereum está migrando para o proof of stake! Uma nova beacon chain foi lançada hoje e espera-se que sua Fusão aconteça no dia 8 de junho na rede”.
Beiko chamou a notícia de “primeiro ensaio geral” para mineradores.
Na sequência, Beiko publicou uma série de tuítes para explicar os detalhes técnicos da Fusão para mineradores. Ele informou a desenvolvedores que “basicamente nada deve mudar” após a Fusão.
📣 Ropsten Merge Announcement 📣
— Tim Beiko | timbeiko.eth 🐼 (@TimBeiko) May 30, 2022
Ethereum’s longest lived PoW testnet is moving to Proof of Stake! A new beacon chain has been launched today, and The Merge is expected around June 8th on the network.
Node Operators: this is the first dress rehearsal💃https://t.co/0fDHObLOmn
Nesta quinta-feira (2), a recém-lançada beacon chain da Ropsten passará por uma atualização chamada “Bellatrix”, para ser compatível com a Fusão. Alguns dias depois, um valor conhecido como “Terminal Total Difficulty” (ou TDD) será definido por mineradores para que a transição seja ativada. Mineradores vão precisar configurar seus nós com esse valor.
Segundo uma publicação do Ethereum: “Após a transição da Ropsten, duas outras redes de teste (Goerli e Sepolia) farão a transição ao proof of stake antes que o foco mude para a rede principal”.
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Recentemente, a Ethereum Foundation também aumentou as recompensas por caça a falhas para ajudar a facilitar uma transição livre de problemas.
Ethereum, redes de teste e a Fusão
Lançada em 2016, Ropsten é a rede de testes (ou “testnet”) PoW mais antiga do Ethereum. Redes de teste são idênticas, em cada aspecto fundamental, à “rede principal” (ou “mainnet”) e são usadas por desenvolvedores para testar contratos autônomos e aplicações descentralizadas (ou dapps).
A Ropsten utiliza uma forma sem valor do Ethereum para realizar transações e testar o ambiente de codificação. Mudanças feitas à rede de testes não afetam a rede principal do Ethereum. Esse ambiente livre de consequências concede aos desenvolvedores percepções importantes sobre possíveis problemas que possam surgir em seu código.
Anteriormente conhecida como “Ethereum 2.0”, a tão aguardada mega-atualização do Ethereum fará a transição da rede de um algoritmo de consenso PoW à la Bitcoin — onde transações são validadas por mineradores com muito poder computacional — para PoS — onde mineradores que alocam mais garantias são os que têm mais chance de validar transações.
O Ethereum afirma que a transição irá reduzir o consumo de energia da blockchain em até 99,5%.
“A Fusão” se refere ao momento em que a rede principal do Ethereum irá se convergir com a Beacon Chain, que já utiliza o PoS. Em seguida, a Ethereum 2.0 — que, recentemente, foi renomeada como “Consensus Layer” ou “Camada de Consenso” — estará funcionando plenamente.
*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.