Ruja Ignatova
Reprodução/Twitter

Conhecida como “Rainha das Criptomoedas”, a búlgara Ruja Ignatova está loira, realizou cirurgias plásticas e está escondida em um iate de luxo no Mar Mediterrâneo, conforme aponta reportagem do jornal alemão Bild, repercutida pelo brasileiro O Globo.

No dia 30 de junho o FBI incluiu Ignatova na sua lista dos 10 Fugitivos Mais Procurados. A agência está oferecendo uma recompensa de US$ 100 mil para informações que resultem na prisão da foragida.

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O jornal alemão afirma que a fugitiva teria tingiu os cabelos de loiro e fez plásticas em todo o rosto – incluindo nariz, mandíbula, bochechas e lábios – como forma de dificultar seu reconhecimento.

Ainda segundo a reportagem, Ignatova estaria no iate por acreditar que, devido à distância de 12 milhas náuticas das costas mais próximas, estaria em águas internacionais, fora da jurisdição de qualquer país.

A “Rainha”, que sumiu do mapa desde 2017, é acusada de operar um esquema bilionário de pirâmide envolvendo uma criptomoeda chamada OneCoin. Em maio, a Europol também havia acrescentado a bulgára à sua lista dos mais procurados.

Procurada pelo FBI

De acordo com o anúncio do FBI, o Departamento de Justiça (DOJ) acusou Ignatova e outros de fraudarem bilhões de dólares de investidores em todo o mundo pelo marketing da OneCoin. Ignatova atuou como a líder do negócio até o dia 12 de outubro de 2017, quando foi acusada pelo Distrito de Nova York, que emitiu um mandado de prisão federal.

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Os promotores por trás da OneCoin, lançada em 2014, afirmavam que era uma criptomoeda minerável e com um fornecimento máximo de 120 bilhões de unidades. O esquema enganou investidores com a promessa de se tornar o próximo Bitcoin (BTC). Porém, diferente da maior criptomoeda do mercado, a blockchain da OneCoin não existia.

Ignatova é acusada de fazer declarações falsas a investidores, instruindo vítimas a enviarem transferências eletrônicas à OneCoin para adquirir pacotes educacionais. Autoridades alegam que a OneCoin fraudou vítimas em mais de US$ 4 bilhões.

“Prometiam altos retornos e risco mínimo, mas, conforme alegado, esse negócio era um esquema de pirâmide financeira baseado em enganação, muit além de zeros e uns. Investidores eram vitimizados enquanto os defensores enriqueciam”, disse Geoffrey S. Berman, advogado-geral do estado americano de Manhattan, em uma acusação contra os líderes da OneCoin aberta em 2019.

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