simbolo do ethereum no vermelho
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Antpool, um importante pool de mineração de Ethereum apoiado pela Bitmain, maior fabricante de hardware de mineração do mundo, confirmou neste sábado (27) que não manterá os ativos dos clientes no Ethereum após a rede passar pela fusão (“merge”) entre os dias 10 e 20 de setembro.

A Antpool disse ver “riscos de censura” na fusão, evento em que o Ethereum abandonará o mecanismo de consenso proof-of-work (PoW) para adotar o proof-of-stake (PoS), colocando fim à mineração que sustentou a rede nos últimos sete anos. 

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“Como o ETH 2.0 (Merge) vem acompanhado do risco de censura entre os diferentes países, a Antpool, por questão de segurança dos ativos dos clientes, não poderá manter os ativos ETH do usuário na cadeia PoS”, diz a nota da Antpool.

A Antpool não entrou em mais detalhes sobre esses supostos riscos de censura, mas pode se tratar de uma preocupação de que validadores do Ethereum possam ser coagidos a censurar transações vinculadas às sanções dos EUA ao Tornado Cash.

O pool de mineração, no entanto, afirmou que está comprometido em “defender o consenso descentralizado PoW” criado por Satoshi Nakamoto para o Bitcoin, e que vai continuar a oferecer suporte total ao BTC, além de Ethereum Classic (ETC) e outras criptomoedas baseadas neste mecanismo de consenso.

A empresa recomenda que os mineradores de ether que usam seus serviços, adicionem um endereço de carteira compatível em sua conta até o dia 3 de setembro para receber os ativos acumulados na plataforma.

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Aposta no Ethereum Classic

A Antpool garantiu na nota de hoje que seguirá fornecendo serviços de pool de mineração Ethash para usuários que planejam minerar tokens como o ETC, se comprometendo a “garantir a estabilidade do poder de hash e a segurança dos ativos”.

O pool está confiante que parte dos mineradores do Ethereum passem a dedicar seu poder computacional para o Ethereum Classic após a fusão.

Para se preparar para essa migração, a Antpool investiu US$ 10 milhões no Ethereum Classic para apoiar projetos de qualidade desenvolvidos na rede e proteger seu interesse comercial após a mineração do Ethereum ter seu fim definitivo.  

Além do ETC, os mineradores também podem recorrer ao ETHPoW, um token resultado do hard fork do Ethereum que pode ser feito por mineradores que desejam manter viva a versão proof-of-work da rede.

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Um grande minerador de criptomoedas chinês chamado Chandler Guo foi quem deu início a esse movimento no começo de agosto. Com a ideia ganhando apoio de outros mineradores, especialistas afirmam ser altamente provável que esse fork do Ethereum se torne realidade.

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