Homem minerando carvão
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Holders de ETC, a criptomoeda da rede Ethereum Classic, estão acompanhando de perto a atividade de mineração de sua blockchain conforme a iminente migração do Ethereum e sua transição para o mecanismo de consenso proof of stake (ou PoS, na sigla em inglês) põe a criptomoeda de seis anos em evidência.

O aumento drástico na atividade pode sinalizar uma alteração no foco dos mineradores de criptomoedas do Ethereum “normal”. Também pode reduzir os riscos do famoso “ataque de 51%” no Ethereum Classic, que já foram implementados na blockchain no passado.

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A taxa de hashes (do inglês “hash rate”) — uma medida de poder computacional utilizado por segundo na mineração de uma criptomoeda — da rede Ethereum Classic atingiu um recorde na quinta-feira (25).

Segundo dados da empresa de inteligência do mercado cripto Messari, a taxa de hashes do ETC era de 42 terahashes ou de 42 trilhões de hashes por segundo.

A alta anterior foi de 28,32 terahashes em maio de 2021, coincidindo com o recorde no preço de ETC de US$ 118.

Taxa de hashes da rede Ethereum Classic (Imagem: Messari)

Um provável motivo para esse aumento na atividade é o fato de que a fusão deixará os mineradores do Ethereum ao deus-dará, ficando com caros hardwares criadores para blockchains proof of work (ou PoW) que serão inúteis no novo modelo PoS.

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Embora alguns mineradores queiram criar uma bifurcação do Ethereum para garantir seu ganha-pão, outros poderão implementar seus equipamentos para minerar outras criptomoedas, como ETC.

Ethereum Classic é uma bifurcação da blockchain Ethereum lançada após o histórico do Ethereum ter sido revertido e relançado em 2016 após o hack ao projeto The DAO, gerando uma divisão na comunidade Ethereum.

Risco de ataque ao Ethereum Classic

Pelo fato do Ethereum Classic não estar entre as maiores criptomoedas — é a 19ª maior da indústria, segundo o site CoinGecko —, muitos analistas cripto estão preocupados de que esteja vulnerável a um ataque de 51%, em que uma única pessoa ou grupo possa obter controle de uma blockchain ao se encarregar de grande parte da validação das transações.

Embora qualquer blockchain possa enfrentar esse tipo de ataque, sejam mais suscetíveis em blockchains PoW como Ethereum Classic, Bitcoin e — nas próximas semanas, pelo menos — Ethereum.

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No entanto, um ataque de 51% no Bitcoin é mais improvável devido ao tamanho da blockchain e o custo absurdo do poder computacional necessário para invadir a rede.

O Ethereum Classic já foi alvo desses ataques anteriormente, em janeiro de 2019 e em agosto de 2020.

“O [Ethereum Classic] passou por uma reorganização de blockchain de 3.693 blocos”, tuitou a Binance em um dos ataques. “Nosso sistema de alertas captou isso imediatamente e automaticamente impediu saques e depósitos. Parece que esse pode ser um ataque de 51%.”

Analistas cripto avaliam os riscos de outro ataque ao Ethereum Classic nessa era da fusão. Um contribuidor à base de códigos do Ethereum Classic, “meowbits”, recentemente publicou uma avaliação detalhada dos riscos de ataques de 51% ao ETC.

“O Ethereum planeja migrar para o proof of stake no futuro próximo, o expulsando seus interesses de mineração à força”, de acordo com o relatório.

“Como a segunda maior aplicação de criptomoeda desse poder de hashes, é razoável que ETC espere que sua taxa de hashes aumente pelo menos por parte desses mineradores abandonados.”

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“Se o Ethereum Classic atingir a posição de aplicação dominante em termos de poder de hashes, suas exposições ao risco seriam minimizadas”, acrescenta.

Em outras palavras, a recente enxurrada de atividade na blockchain ETC é um bom sinal, pois a alta taxa de hashes protegem redes de ataques.

Em relação à moeda em si, ETC atingiu sua maior alta em quatro meses recentemente — uma consequência da fusão. Atualmente, ETC está precificada em US$ 37,81, segundo o CoinGecko.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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