A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) prendeu na quinta-feira (5) sete pessoas suspeitas de extorquir R$ 1,2 milhão em criptomoedas de um empresário brasileiro de Itajaí (SC). A ação, comandada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí, foi chamada de Operação Blockchain, e envolveu oito mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão.
De acordo com comunicado da PCSC, os presos são suspeitos de crimes de roubo qualificado e extorsão qualificada por terem invadido a residência de um empresário no bairro de Praia Brava, em Itajaí, rendendo sua família e funcionários com arma de fogo.
A ação dos bandidos durou cerca de três horas, enquanto as vítimas estavam sob graves ameaças. Nesta condição, eles entregaram todos os bens, incluindo criptomoedas. A polícia não descreve, contudo, quais ativos foram roubados.
“Por meio do uso de violência e grave ameaça contra seus familiares, o empresário foi forçado a realizar transferências de valores em criptomoedas, bem como teve joias, aparelhos eletrônicos e dinheiro em espécie subtraídos”, descreve.
Os suspeitos foram localizados a partir do rastreamento das transferências financeiras quando os investigadores identificaram valores enviados para Argentina e Peru “por meio da pulverização destes em carteiras de criptomoedas”.
De acordo com a PCSC, a justiça já determinou o “sequestro de valores em até R$ 1,2 milhão no sistema bancário e em corretoras de criptomoedas”.
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Operação Blockchain
A polícia catarinense contou com o apoio de várias entidades nacionais e internacionais, como a Polícia Federal da Argentina, para investigar e efetuar as prisões que começaram ainda na quarta-feira (4). No país vizinho, dois suspeitos foram detidos na capital Buenos Aires.
Na quinta-feira, outro alvo dos agentes de Santa Catarina foi localizado e preso na cidade de Ituporanga D’Ajuda, em Sergipe, em uma ação em conjunto com o Centro de Operações Especiais da Polícia Civil local.
Dois integrantes já se encontravam presos por participação em roubos a banco. Além disso, outro integrante do núcleo de execução já estava preso por outro roubo à residência. Esses suspeitos tiveram mandados de prisão cumpridos em função dos novos fatos.
Outro suspeito foi capturado em sua residência em Balneário Camboriú e um suspeito encontra-se foragido. Foram apreendidos aparelhos eletrônicos para o aprofundamento das investigações, disse a polícia.
O órgão acrescentou que os presos foram encaminhados ao Sistema Penitenciário, onde estão à disposição da Justiça. “O Inquérito Policial será finalizado em até 30 dias”, finaliza.
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