A Polícia Civil do Piauí prendeu na terça-feira (17) em Teresina um homem de 33 anos suspeito de cometer crimes de estelionato envolvendo criptomoedas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, ele é suspeito de aplicar golpes em 92 que somam um prejuízo de mais de R$ 20 milhões.
Segundo a polícia, após denúncia de várias vítimas, o homem identificado pelas iniciais D.L.O. foi detido em sua residência em um condomínio de luxo no bairro Vale Quem Tem, zona leste da capital piauiense, por agentes Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Relações de Consumo (DECCORTEC), apoiados por policiais da Delegacia-Geral e da Delegacia Seccional de Barras.
A operação contou ainda com o auxílio de peritos da área de Informática do Instituto de Criminalística do Departamento de Polícia Científica, afirma o comunicado.
Investigações apontam que as vítimas — 45 delas já ouvidas pela delegada Marcela Sampaio — investiram recurso no negócio que alegava investimentos em criptomoedas como isca como a expectativa de obterem altos retornos financeiros, mas que depois acabaram se deparando com empresa fechada.
No total, três endereços foram alvos de cumprimento de mandados de busca e apreensão durante a operação, um onde ocorreu a prisão e os outros dois também na zona leste de Teresina.
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Locação de criptomoedas
Um deles era um escritório, encontrado abandonado, em um prédio comercial no bairro São Cristóvão, e o outro em uma residência no bairro Gurupi — os bairros ficam a cerca de 5 quilômetros da capital.
Lá, foram apreendidos contratos de locação de criptomoedas, aparelhos celulares, computadores e documentos, e realizado bloqueio de valores, o sequestro de bens móveis, como de carros de luxo, e indisponibilidade de bens imóveis.
Com a prisão do suspeito, a delegada disse ao PITV 1ª Edição que agora as vítimas terão que aguardar que a polícia consiga localizar mais criptomoedas e mais bens que possam ser sequestrados e apreendidos no processo judicial para que ao final do processo o juiz possa conseguir ressarci-las do prejuízo que foi causado.
“A investigação não está perto de acabar. Nós continuaremos buscando apreender essas criptomoedas que foram desviadas”, concluiu a delegada.
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