Polícia Federal deflagra operação contra grupo que negociou mais de uma tonelada de ouro
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) cumpriu na sexta-feira (06) 85 mandados judiciais da 4ª Vara de Roraima. O alvo foi uma uma organização criminosa que seria responsável pelo comércio ilegal de cerca de 1,2 tonelada de ouro entre 2017 e 2019.

Os mandados foram emitidos para suspeitos nos estados de Rondônia, Amazonas, Rio Grande do Norte, Roraima e São Paulo.

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Foram 17 mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 48 despachos de buscas e apreensões e 15 ordens de sequestros e bloqueios de bens.

Além das deliberações, a Justiça também determinou o bloqueio de até R$ 102 milhões dos investigados.

Segundo a nota da PF, há indícios de um complô entre garimpeiros brasileiros e venezuelanos. Um cruzamento de dados feito pela Receita Federal também reforça as acusações.

De acordo com a Polícia Federal, o montante representa mais de R$ 230 milhões em cotação atual do ouro.

No entanto, a empresa que recebia o ouro em São Paulo teria exportado mais de R$ 1 bilhão em ouro e mais que triplicado o seu faturamento nos últimos 3 anos, revelaram as autoridades.

Ação da Polícia Federal

Pelo menos 150 agentes participaram da ação batizada de ‘Operação Hespérides’. O nome é uma referência a deusas que cuidavam de macieiras que davam frutos de ouro — mitologia).

Segundo a Polícia Federal, durante as investigações indícios constantes apontaram garimpeiros do Brasil e da Venezuela residentes de Roraima em transações ilegais de ouro — “extraído de garimpos da Venezuela e de garimpos clandestinos do estado”, dizem as autoridades.

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Uma nota fiscal falsa referente a 130 gramas de ‘sucata de ouro’ apreendida no aeroporto de Boa Vista (RO) há dois anos, deu início à investigação que culminou na ação policial.

Conforme o comunicado, os principais crimes investigados são participação em organização criminosa, contrabando, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, receptação e os crimes de falsidade ideológica e de documento público.

Se condenados, escreveu a PF, os líderes do esquema podem ter penas que ultrapassam 50 anos de prisão.


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