Um suposto investidor de 33 anos morador de Belo Horizonte (MG) foi preso por policiais militares em Igaratinga (MG) na última quarta-feira (14), após uma denúncia de cinco vítimas que o detiveram em um local público. Ele é suspeito de ter aplicado um golpe milionário com supostos investimentos em criptomoedas.
Segundo nota da PM de Minas Gerais, na ocasião da prisão, as vítimas alegaram que fizeram investimentos de R$ 35 mil a R$ 500 mil, totalizando mais de R$ 1,7 milhões, mas não tiveram o retorno prometido. O acusado foi levado para depor na Delegacia de Polícia Civil de Igaratinga e não negou os aportes dos clientes, mas alegou ter pedido parte deles no mercado financeiro.
Investimento em criptomoedas
As vítimas, contudo, relataram que há meses estavam fazendo os investimentos e que o autor dizia serem aplicações principalmente em moedas virtuais, “com a promessa de altos lucros”, diz a nota. No entanto, sem pagar o retorno prometido, quando procurado pelos investidores, o homem dava informações evasivas e apresentava apenas notas promissórias e cheques, alguns dos quais com suspeita de fraude nas assinaturas, disse a polícia.
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“Ele disse que perdeu a maior parte do investimento das vítimas no mercado financeiro, estando parte do dinheiro ainda investida em diversos criptoativos. Ele não respondeu com precisão com quais corretoras opera no mercado financeiro”, escreveu a PM de Minas.
Ainda segundo a nota, o suspeito é parte de mais seis boletins de ocorrências de de crime de estelionato, sendo que em um dos registros se refere a um idoso morador do sul de Minas, que disse ter tido um prejuízo de cerca de R$ 2,5 milhões. O caso ainda está sendo apurado.
O suspeito admitiu que não possui registro de CNPJ, nem autorização da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), nem outros documentos de entidades reguladoras do mercado financeiro, diz a nota. À polícia, ele também disse que por investir no mercado internacional, estes documentos não seriam exigidos.
A reportagem do Portal do Bitcoin entrou em contato com a Delegacia de Polícia de Igaratinga para saber se o homem ficou detido ou foi liberado. A policial que atendeu disse que não podia comentar o caso e sugeriu que procurássemos o delegado Carlos Henrique Gomes na delegacia regional onde fica, em Pará de Minas, a oeste da capital mineira. No entanto, as ligações não foram atendidas.