PF faz operação contra grupo de garimpo ilegal de ouro que lavava dinheiro com criptomoedas

Garimpeiros podem responder pelos crimes de extração ilegal, crimes ambientais, invasão de terras da União e lavagem de dinheiro
Imagem da matéria: PF faz operação contra grupo de garimpo ilegal de ouro que lavava dinheiro com criptomoedas

Foto: Shutterstock

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (7) uma operação contra uma organização acusada de fazer garimpo ilegal de ouro e usar criptomoedas para lavar o dinheiro obtido com o crime.

Segundo comunicado para a imprensa divulgado pela Receita Federal, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão, nos estados de Rondônia, Pará, Acre, Goiás, Mato Grosso e Rio de Janeiro. A investigação foi batizada como Operação Ganância.

Publicidade

Além disso, foi feito o bloqueio judicial de ativos financeiros em nome dos investigados, no limite total de R$ 2 bilhões e a suspensão das atividades comerciais de algumas das empresas investigadas.

As acusações

A organização criminosa é acusada de fazer extração ilegal de ouro, crimes ambientais, invasão de terras da União e lavagem de dinheiro.

Conforme afirmam as autoridades, foi identificado que uma empresa mineradora localizada no estado do Pará estava extraindo minério de ouro em volume incompatível com as autorizações ambientais, além de promover ações visando aparentar a legalidade de operações comerciais com minério proveniente de outros garimpos localizados em terras indígenas e terras da União.

Estima-se que essa empresa tenha comercializado cerca de R$ 1 bilhão em minério de ouro entre os anos de 2020 e 2021, sendo quase a totalidade destinada para a exportação.

Publicidade

O grupo econômico investigado ainda praticou atos de lavagem de capitais por meio de ocultação e dissimulação de valores através de empresas de fachada, de pessoas físicas “laranjas”, de diversas operações envolvendo criptoativos, além de transações financeiras de altos valores (depósitos e saques em espécies), principalmente de forma fracionada, para burlar limites regulamentares ou operacionais.