A comunidade Ethereum se prepara para receber amanhã (7) a Pectra, a mais importante atualização da blockchain desde a implementação do Merge em 2022.
A ideia original era lançar a atualização em março, porém o ensaio feito na rede de teste Holesky mostrou que existiam erros a serem corrigidos. O teste final foi feito na Hoodi no dia 26 de março, tendo sido concluído sem problemas, o que possibilitou a definição da data do lançamento da Pectra.
A mudança mais esperada pela comunidade é a introdução da abstração de conta, que permitirá aos usuários pagar por gás ou taxas de transação com vários tokens (como stablecoins), além de ETH. A novidade surgiu na Proposta de Melhoria do Ethereum (EIP) 7702 e tem como ideia mais ampla fazer com que as carteiras de criptomoedas tenham funcionalidades de contratos inteligentes.
Além disso, os validadores de Ethereum terão uma capacidade significativamente maior de quantos tokens eles podem fazer stake — de 32 ETH para 2.048 ETH. O aumento será acoplado com mais flexibilidade para quando e como o Ethereum travado em staking pode ser sacado. A proposta foi feita por meio da EIP-7251.
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A Pectra também estabelecerá as bases para a recuperação social (Social Recovery), o que permite que os usuários confiem em contatos confiáveis para ajudá-los a recuperar o acesso a uma carteira da qual esqueceram ou perderam a chave.
Dencun foi a última atualização da rede Ethereum antes da Pectra, concluída em março do ano passado, inaugurando um novo capítulo para a blockchain. O objetivo foi reduzir substancialmente os custos de transação nas suas redes de segunda camada e expandir massivamente as capacidades do ecossistema.
O Ethereum passou por várias atualizações importantes nos últimos anos, incluindo o Merge (Fusão) de 2022, que fez a transição da rede para um modelo de Prova de Participação (Proof of Stake) com eficiência energética, e a atualização Xangai de 2023, que destravou o saque de dezenas de bilhões de dólares em ETH que estavam em staking na rede.
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