Mãos segurando uma peça acrílica com formato do logo da Ethereum ETH -ao fundo uma cidade
(Foto: Shutterstock)

A tão aguardada atualização Shanghai da rede Ethereum ocorreu na época 194048, exatamente às 19h27 (horário de Brasília) desta quarta-feira (12) — cada ‘época’ é representada por 32 blocos. O evento, que durou cerca de 6 minutos, foi acompanhado por milhares de pessoas pelas redes sociais, com destaque para a live do @EthereumProtocol no Youtube.

A conta da Etherscan no Twitter deu as boas vindas: “Olá Shapella! Os saques já apareceram”.

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No momento da atualização, contudo, houve um momento de tensão de alguns especialistas do mercado por conta da perda de blocos na época de 194048.

“Não pode perder 10 blocos”, comentou o analista Rony Szuster, durante uma live da equipe do MB Research. Àquela altura, dados transmitidos em tempo real pela plataforma Beacoin Chain mostravam que cinco blocos já haviam sido perdidos.

Apenas no final da atualização é que veio o alívio, com oito blocos perdidos. “Não é o ideal”, disse Szuster, “mas está dentro do aceitável.

Com a atualização finalizada, os ETHs começaram a ser liberados, conforme a Proposta de Melhoria Ethereum (EIP) 4895, implantada hoje na rede. Somente nesta ‘época’, foram aceitos 285 pedidos de saques, totalizando 914.29585 ETH (cerca de US$ 1,75 milhão ou R$ 8,6 milhões, no momento desta publicação). O ETH subiu cerca de 2% em seguida, para US$ 1.924.

A atualização Shanghai marca o fim da transição no consenso da rede Ethereum de Proof of Work (PoW) para Proof of Stake (PoS), respectivamente ‘Prova de Trabalho’ e ‘Prova de Participação’, que além de desbloquear os ativos, também contribui com o aumento da velocidade da rede, bem como a redução dos custos de transação.

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Logo, isso muda todo o cenário para os detentores de ETH que formam um mercado de US$ 230 bilhões. Isso porque a atualização Shanghai destrava cerca de 18 milhões de tokens de ether (ETH) – no valor de cerca de US$ 34 bilhões, ou R$ 170 bilhões – bloqueados em staking, ou seja, encerra o período de bloqueio de dois anos da segunda maior criptomoeda do mercado.

Em resumo, os investidores poderão agora enviar imediatamente solicitações de retirada – mas isso não significa que eles receberão os fundos no primeiro dia. Devido ao longo tamanho previsto para a fila de saques, os titulares podem ter que esperar vários dias, como explicou o CEO da Flowdesk, Guilheme Chaumont.

“Com muitos especulando se este evento causará uma liquidação massiva no preço, é importante perceber que a fila de retirada permite apenas um conjunto limitado de solicitações por dia – exatamente 115.200”, afirmou. 

Ele acrescentou que “embora possa haver uma pressão sustentada sobre o preço, não é provável que a retirada do staking cause uma queda acentuada e repentina nos valores do ETH”.

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Para os desenvolvedores do Ethereum, no entanto, o prazo para liberação dos saques deve girar em torno de dois ou três dias.

Atualização Shanghai encerra era The Merge

Desde seu lançamento em julho de 2015, era evidente que o Ethereum precisaria de várias atualizações ao longo dos anos, cujos desafios era criar uma blockchain segura e moderna para ser utilizada por centenas de milhões de pessoas ao mesmo tempo.

Assim como o The Merge, o Shanghai também passou por todo um processo de roadmap com testes para a atualização antes desta final na mainnet.

Com o The Merge em setembro no ano passado, o Ethereum se transformou em uma rede PoS e encerrou a mineração algorítmica. Os validadores que apostaram seus ETH na ṕoca para a empreitada da rede tiveram então que aguardar até hoje para poderem sacar seus ativos.

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