Imagem da matéria: Os diferentes usos de stablecoins no Brasil, Venezuela, Argentina e Europa
Da esquerda para a direita: Thiago Cezar (Transfero), Luiz Lozada (Maker Dao) e Agne Linge (Degate) (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitoin)

A necessidade define como e porque stablecoins são usadas. Um debate na Ethereum.Rio na terça-feira (15) envolvendo empresários do Brasil, Venezuela e Europa escancarou como esse tipo de ativo é aproveitado.

No Brasil, o uso tem mais a ver com eficiência, diversificação e administração de ativos, internacionalização de empresas e facilitação para empresas estrangeiras usarem o Real.

Publicidade

Thiago Cesar, fundador da Transfero, empresa que criou a stablecoin BRZ, a maior lastreada em Real, explicou o uso:

“No Brasil estão dando aos seus usuários mais eficiência em termos de internacionalizar suas finanças. Por conta da natureza do Real, não é uma moeda conversível. No Brasil não se pode ter uma conta com dólares, euros. E empresas estrangeiras não podem carregar reais. Então é uma moeda muito restrita. Então quando você tem uma stablecoin como a BRZ, significa que você pode ter balanços em plataformas internacionais que são referenciadas pelo real brasileiro. Então diversas empresas como FTX e Crypto.com estão segurando BRZ pois isso facilita o acesso deles a outros ativos. “

Venezuela e Argentina

Luiz Lozada, executivo venezuelano da Maker Dao, falou sobre o intenso uso de stablecoins na Venezuela e Argentina, países que enfrentam desvalorização cambial há muitos anos.

Em ambas as nações, as criptomoedas com lastro são utilizadas no dia a dia, para pagamentos e também para poupar, com conversões sendo feitas a todo o momento para proteção contra inflação.

“Nesses países as stablecoins são uma parte grande da vida financeira de muitas pessoas. Com esses ativos, não é necessário mais passar pela burocracia de criar uma conta nos Estados Unidos para mexer com dólares, que era algo muito feito. É uma questão de sobrevivência, você precisa proteger seu dinheiro da inflação, sua riqueza. A realidade que estamos agora é que muita gente esta usando stablecoins para pagar, receber e e armazenar. Essa é a realidade no momento”, disse Lozada.

Publicidade

Europa

A perspectiva mudou completamente quando Agne Linge, da Degate, que é uma exchange descentralizada (DEX), falou da situação de quem vive na Zona do Euro. A executiva, que mora na Lituânia, estava até um pouco deslocada no painel, já que tem acesso diário a uma das moedas mais estáveis do mundo. O uso para ela fica mais no campo ideológico e experimental.

“As pessoas não precisam de uma proteção, pois o Euro é muito estável. O que temos vistos é que os Bancon Centrais já planejam lançar os seus CBDCs e esse dinheiro digital tem uma diferença das stablecoins, pois ele vem diretamente de um Banco Central. Isso traz questões sobre privacidade. Então o uso de stablecoins por um europeu virá muito do que ele pensa como privacidade, descentralização, envolvimento com o mundo de criptomoedas. É tudo sobre diversificação de como usar o sei dinheiro”, afirmou Linge.

VOCÊ PODE GOSTAR
criptomoedas, criptoativos, regulação, Brasil, projeto de lei

Fundos de criptomoedas do Brasil captaram R$ 133 milhões na última semana

Resultado geral dos fundos de criptomoedas é fraco, mas já é melhor do que primeira semana do ano, que registrou déficit de US$ 63 milhões 
Celular com o logo da OpenSea

OpenSea: tudo o que você precisa saber sobre a especulação do airdrop de tokens

O mercado de NFTs OpenSea finalmente lançará um token? Aqui estão os últimos detalhes sobre a OpenSea Foundation e as especulações
Imagem da matéria: Coreia do Sul quer acabar com a proibição de trade institucional de criptomoedas

Coreia do Sul quer acabar com a proibição de trade institucional de criptomoedas

“Trabalharemos para alinhar com as regulamentações globais no mercado de ativos virtuais”, afirmou Kwon Dae-young, secretário-geral da FSC da Coreia do Sul
Imagem da matéria: Mark Zuckerberg usou dados pirateados para treinar IA da Meta, diz acusação

Mark Zuckerberg usou dados pirateados para treinar IA da Meta, diz acusação

Uma recente ação judicial contra a Meta alega que Mark Zuckerberg e outros executivos aprovaram o uso de um polêmico conjunto de dados, mesmo após alertas internos