No último dia do Blockchain Festival Rio de Janeiro, o tema central do evento não poderia deixar de ser o projeto do real digital, batizado com a nomenclatura Drex pelo Banco Central do Brasil (BCB). Diferente do primeiro dia, cujos painéis exploraram as possibilidades da CBDC impulsionar a cultura web3 para além da bolha, a discussão de quinta-feira (14) se pautou nos aspectos técnicos trazidos ao evento pelos coordenadores do projeto junto aos pilotos e os desafios de implementação.
Pela manhã, a plateia foi presenteada com uma aula dupla: o economista do BCB, Fábio Araújo, apresentou o painel “Presente e Futuro da Moeda Digital Brasileira”, e a coordenadora Clarissa Souza falou sobre a “Gestão do Projeto Piloto Drex”. Ambos mostraram o status atual e as prováveis projeções do andamento da implementação do Drex no dia a dia da economia brasileira.
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O meu destaque para ambos os painéis ficou para a didática sobre a exposição de algo tão técnico, e as ressalvas que abordaram tanto em relação à usabilidade quanto às necessárias adaptações dos pilotos à legislação brasileira, em especial nos aspectos envolvendo a privacidade dos dados manuseados.
À tarde, foi a vez das instituições financeiras que estão tocando os pilotos do Drex expor “o que muda, como muda e quando muda” com a chegada do real digital. No palco estiveram representantes de bancos como Bradesco e Itaú Unibanco, além de Sicredi e MB (Mercado Bitcoin). Todos os players fizeram ressalvas na hora de projetar a conclusão da implementação do Drex nas operações digitais, tendo como meta a longo prazo que isso se concretize no fim de 2024 ou início de 2025.
Porém, a importância destes players já estarem preparados para este novo braço da economia é vital, sob pena de ficar para trás em termos de inovação do mercado financeiro. Neste sentido, destaco a fala de Fabricio Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin:
“Para nós a grande oportunidade é utilizar todo a expertise no mundo cripto e blockchain que acumulamos ao longo de 10 anos no universo regulado, apoiando o BCB e as outras instituições na utilização dessas tecnologias.”
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