Imagem da matéria: O passado de Paulo Bilibio, o dono da BWA, e sua relação com uma das maiores pirâmides do Brasil
Empresário de Santos (na ponta direita) em 2014 , antes de ingressar no mundo das criptomoedas (Foto: Arquivo Pessoal)

O passado de Paulo Roberto Ramos Bilibio é obscuro. O homem por trás da BWA hoje vive confortavelmente nos Estados Unidos enquanto sua empresa deve dinheiro a milhares de clientes. Sua conexão com pirâmides é antiga: ele foi um dos maiores divulgadores da pirâmide financeira Bbom na cidade do Guarujá, no Litoral de São Paulo.

O empresário sequestrado por policiais em São Paulo foi dono de uma franquia da Unepxmil no final de 2013. Essa empresa era diretamente ligada a Bbom (ambas eram nomes fantasia da Embrasystem), que se dizia ser marketing multinível mas, de acordo com a Justiça Federal, não passava de um esquema que vendia rastreadores de veículo como fachada.

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Na época, Bilibio foi apontado por um folheto feito pela própria empresa como o empreendedor que estava inovando por inaugurar no Guarujá uma filial da empresa.

De acordo com um informe publicitário da Unepxmil, foi organizado até um coquetel no dia 09 de novembro daquele ano (data da inauguração da loja) com a presença diretores da Embrasystem — grupo econômico por trás da Bbom.  

Paulo Bilibio no informe publicitário da Unepxmil, empresa associada ao esquema de pirâmide da Bbom

O que causa estranhamento é que na época em que Bilibio abriu a franquia, a Bbom e a Unepxmil já vinham sendo investigadas pelo Ministério Público Federal.

Os procuradores de São Paulo já em setembro daquele ano desconfiava que o grupo Embrasystem — que pertencia a João Francisco de Paulo — seria um esquema interligado à Telexfree. 

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Bilibio, antes da BWA

Mesmo com tudo isso, o empresário de Santos, que até pouco tempo inaugurou a empreitada e angariou clientes.

Ele, então, afirmou naquela época — como se nada estivesse acontecendo — que “investir na franquia é um negócio que dá retorno, principalmente com o mercado de rastreadores em expansão e o investimento em segurança por parte das empresas”.

O fato, no entanto, é que pelas próprias publicações feitas no Facebook, a Unepxmil não passava de um estabelecimento de fachada somente para promover o esquema da Bbom.

O esquema funcionava da seguinte forma. A pessoa comprava os rastreadores de veículo apenas para disfarçar o negócio. Antes de efetuar a compra e instalação na Unepxmil, esse cliente, entretanto, teria de se cadastrar na Bbom. A empresa prometia rentabilidade de 24 mil por cento em cinco anos, que equivaleria a 200% ao ano. 

Trabalhavam junto com ele naquela época, o executivo Rubi da Bbom, Izaías Hummel; e os executivos esmeralda, Márcio Rodrigo e Nizardo Albuquerque. 

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O esquema promovido por Bilibio no Guarujá durou até pelo menos dezembro de 2014.

O empresário Bilibio, na ponta esquerda, com a equipe (Foto: Arquivo Pessoal)

Da Bbom à BWA

Bilibio pouco aparecia. Ele era apenas o empresário por trás da franquia. Sua imagem, assim como na BWA, ficava restrita aos bastidores. Quem, então, anunciava os planos de negócios da Unepxmil, sorteios de carros luxuosos era Hummel

Na empresa de investimentos em criptomoedas BWA, ele foi além e sequer deixou que seu nome aparecesse no quadro societário. O fato é que Bilibio se juntou a um outro nome conhecido no setor de Marketing Multinível.

O sócio dele na BWA, Marcos Aranha atuava como um líder da Up! Essências, empresa que passou a ser investigada pelo Ministério Público Federal depois de serem verificados indícios de lavagem de dinheiro.

Foram abertas, então, duas empresas com o mesmo nome praticamente. BWA e BWA Brasil. Apesar de pequenas diferenças e de se tratar de CNPjs distintos, tudo indica se tratar de um mesmo negócio. 

A BWA Brasil iniciou suas atividades em 2017. Já a BWA BR, contudo, foi constituída em março de 2019.  Ambas administradas por uma mulher chamada Jéssica da Silva Farias, e possuem como sócios Marcos Aranha e Roberto Willens Ribeiro.

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