Celular mostra logotipo Nubank - abaixo mesa com moedas de bitcoin, ethereum e solana
Foto: Shutterstock

O Nubank informou nesta terça-feira (5) que a partir do primeiro trimestre de 2024, permitirá que os clientes que compram criptomoedas dentro do aplicativo possam sacá-las para carteiras externas e fazer a autocustódia de seus ativos.

A demanda da comunidade cripto por essa opção de saque — principalmente da vertente que defende que se não são suas chaves, não são suas moedas — existe desde que o banco digital começou a vender Bitcoin e Ethereum no seu app, em maio de 2022.

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A novidade ainda não tem data certa para ser lançada e valerá tanto para saques quanto para depósitos de criptomoedas.

Durante um evento com jornalistas, no qual o Portal do Bitcoin esteve presente nesta manhã, o diretor executivo do Nubank Cripto, Thomaz Fortes, compartilhou que esta era uma demanda grande dos clientes da plataforma, tido como algo essencial para usuários mais experientes.

Ele defende que dar essa liberdade para os usuários fará com que o banco se esforce para oferecer mais incentivos tanto para reter clientes quanto para atrair mais pessoas para o Nubank Cripto.

O Nubank não deu maiores detalhes sobre a novidade, mas ao ser questionado sobre se os clientes da empresa hoje já possuem carteiras individuais na plataforma, Fortes explicou que não. No entanto, disse que por conta da adoção do software da Fireblocks para o gerenciamento de operações de ativos digitais na blockchain, o banco já consegue fazer uma espécie de segregação do patrimônio dos usuários.

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Junto com a Fireblocks, o Nubank desenvolveu sua própria solução de custódia de criptoativos dos clientes, seguindo práticas rigorosas de governança. Apesar de haver uma carteira geral de propriedade do Nubank, quando os saques forem liberados no ano que vem, o banco conseguirá identificar cada cliente e permitir que eles façam suas transferências para carteiras externas.

USDC estreia no Nubank Cripto

Outra novidade anunciada hoje pelo Nubank foi a listagem no app do USDC, stablecoin criada pela Circle que pareada ao dólar. A partir desta terça-feira, os clientes do banco já podem negociar a stablecoin. Com ela, o Nubank Cripto passa a contar com 15 ativos digitais disponíveis para negociação.

Segundo Thomaz Fortes, o investidor de varejo — maioria entre os clientes do Nubank — tem uma grande demanda por dólar digital. Recentemente, a Receita Federal apontou que houve um “crescimento significativo” na procura por stablecoins no Brasil. O USDT da Tether, considerada a maior stablecoin do mercado, lidera as negociações entre os brasileiros.

Questionado sobre a escolha do ativo da Circle, o executivo apontou para a melhor relação da empresa com reguladores e questões de transparência e segurança para os clientes. Hoje, o USDC é a segunda maior stablecoin do mundo, com um valor de mercado de US$ 24,2 bilhões.

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Fortes ainda apontou que a parceria com a Circle pode trazer futuras funcionalidades ou produtos para os clientes. “A partir desta oferta e das características do USDC da Circle, passamos a estudar possibilidades futuras de integração do Nubank Cripto também com outros serviços financeiros disponíveis em nosso app”, projeta o executivo.

Em nota, Jeremy Allaire, CEO e cofundador da Circle, destacou o tamanho do mercado brasileiro para a empresa: “Continuamos a presenciar uma forte demanda em toda a América Latina pelo acesso ao dólar digital, especialmente no Brasil, que tem se destacado como uma força motriz para o uso e adoção de criptomoedas na região.”

Nova parceria com Talos

Outra novidade anunciada pelo Nubank foi uma parceria com a Talos, empresa de tecnologia para negociação de ativos digitais. Agora, os clientes poderão ter custos reduzidos a partir de um roteamento inteligente para a seleção de provedores de liquidez. Ou seja, o sistema irá escolher onde o usuário terá os melhores preços para compra e venda de seus ativos.

“Com a Talos, avançamos na jornada para poder oferecer aos usuários preços ainda mais competitivos, de uma forma segura e confiável, na compra e venda de criptomoedas a partir de uma ampla rede de provedores de liquidação”, afirma Fortes.

Atualmente, a rede de provedores da Talos conta com mais de 60 parceiros, incluindo a Chicago Mercantile Exchange (CME) e a Chicago Board Options Exchange (CBOE), duas das maiores bolsas de derivativos do mundo.

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Com essa parceria, o Nubank terá a capacidade de buscar liquidez de provedores locais em pares nativos do real, assim como parceiros globais para pares em dólar. O banco diz que isso também traz a possibilidade futura de execução de swaps – troca de token para token.

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