Considerada a maior fintech brasileira, o Nubank iniciou oficialmente nesta terça-feira (3) suas operações no México.

A exemplo do que aconteceu no Brasil, o banco digital entra no mercado mexicano — onde se chama apenas “Nu” — com a oferta de um cartão de crédito sem tarifas, de bandeira Mastercard, disponível a pessoas maiores de 18 anos.

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Segundo a empresa, já há 30 mil pessoas que aguardam pelo cartão de crédito em uma fila de espera. Ele foi apresentado em agosto de 2019 e, desde então, estava em fase de testes.

Para divulgar seus serviços no México, a fintech aposta em um recurso bastante lúdico que considerou bem sucedido no Brasil: o famoso e praticamente gratuito “boca a boca”. Segundo o Nubank, 80% dos mais de 20 milhões de clientes no Brasil aderiram à empresa dessa forma.

‘Cliente no comando’

O Nubank repete no México a premissa pregada no Brasil de colocar o cliente no controle de suas finanças e de propor uma nova maneira de lidar com o próprio dinheiro.

“Em Nu nos propusemos te devolver o controle do seu dinheiro, tratar como você merece, oferecer os benefícios de que somos capazes. Aqui estamos”, diz a fintech por meio do blog da subsidiária mexicana.

Essa premissa ganha força diante de características do mercado local semelhantes às do brasileiro. O México é um país de forte concentração bancária e onde 36 milhões de pessoas não possuem acesso a esse tipo de serviço. Além disso, apenas 10% dos adultos mexicanos têm cartões de crédito.

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Para o Nubank, essa população desbancarizada e a alta concentração bancária representam oportunidades a serem aproveitadas pela fintech, que prega “ressignificar” a relação dos seus clientes com o dinheiro.

Expansão internacional do Nubank

Apesar do lançamento oficial do cartão de crédito nesta terça-feira, a subsidiária mexicana do Nubank já estava em operação desde maio de 2019. O banco digital tem também um escritório na Argentina — onde aguarda autorizações legais para começar a oferecer seus serviços.

O Nubank conta ainda com um hub de tecnologia em Berlim (Alemanha), focado em infraestrutura e engenharia de dados.

Também estão de olho no mercado mexicano outras grandes fintechs estrangeiras, como a alemã N26 —que também cogita entrar no Brasil — e a britânica Revolut.

Resultados no Brasil

Avaliado em cerca de US$ 10 bilhões, o Nubank já figura como uma empresa “unicórnio” – quando o valor de mercado de uma empresa supera US$ 1 bilhão. No entanto, ainda apresenta saldos negativos em sua operação. A fintech fechou 2019 com prejuízo de R$ 312,7 milhões.

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Esse resultado, no entanto, não parece gerar grandes preocupações por parte da instituição, que o vê como “diretamente ligado ao nível de crescimento”. A política atual do Nubank é de expandir a base de clientes e de serviços, mesmo que isso acarrete prejuízo no curto prazo.

Entre 2018 e 2019 o Nubank triplicou a base de clientes, passando de 6 milhões para 19,7 milhões ao final do ano passado. Já em janeiro a instituição anunciou que ultrapassou a casa de 20 milhões de usuários.

Ao mesmo tempo, o Nubank já captou um total de US$ 820 milhões em rodadas de investimentos. Além desses aportes, a expectativa é que a expansão empreendida pela fintech comece a dar retorno nos próximos anos.


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