Imagem da matéria: Nova denúncia do MP sobre GAS Consultoria mostra papel de empresária como operadora do dinheiro
Eliane Medeiros (D), com Claudio Oliveira e os criadores da GAS Consultoria em 2019 (Foto: Divulgação)

No dia 11 de março o Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou uma nova denúncia criminal contra os líderes do esquema que envolveu a GAS Consultoria. O documento, ao qual o Portal do Bitcoin teve acesso, detalha a intensa participação de Eliane Medeiros de Lima como principal agente de lavagem de dinheiro para Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin” e a sua companheira Mirelis Yoseline Diaz Zerpa.

Segundo os promotores, Eliane, por meio da empresa GLA Serviços e Tecnologia, intermediava a negociação de criptomoedas com a WS Brasil “dissimulando a origem real do dinheiro, que seriam os recursos captados pelo GRUPO GAS com a promessa de retornos fixos e exorbitantes”.

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Eliane é acusada dos seguintes crimes: operar uma atividade financeira sem devida autorização, gerir de forma fraudulenta uma instituição financeira, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A denúncia afirma que Eliane e Handerson Gomes Pinto agiram como “sócios do braço financeiro do grupo comandado por Glaidson” e que a acusada “exerceu importante status e braço da engenharia financeiro do esquema criminoso”.

Criação da Cointrade

A denúncia do MP afirma que Eliane criou a exchange Cointrade para ter o grupo ter maior autonomia financeira nas negociações de criptomoedas.

“Eliane Medeiros de Lima e outros sócios fundaram a empresa COINTRADE, a qual funcionou como uma Exchange encarregada pela custodia e transferências de criptomoedas do GRUPO GAS (Glaidson Acácio dos Santos – GAS), enquanto Glaidson atuava na empresa de Eliane por meio de seu testa de ferro Handerson Gomes Pinto, que nessa condição ‘testa de ferro’ tornou-se sócio-majoritário da Exchange, atuando a mando de Glaidson com a concordância de Eliane”.

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O MP diz ter provas que Eliane recebeu R$ 324 milhões entre julho de 2019 e dezembro de 2020, sendo a segunda pessoa que mais recebeu recursos de Glaidson — ficou atrás apenas da esposa dele, Mirelis.

Além disso, a empresa de Eliane teria atuado como responsável pela remessa e recebimento de valores da GAS Consultoria para o exterior por meio de criptomoedas, com a intermediação da sociedade empresária OWS BRASIL INTERMEDIAÇÃO LTDA.

As acusações seguem: Eliane teria vendido formalmente 50% das ações da Cointrade para Handerson, “plenamente ciente” que esse agia como laranja de Glaidson.

Também afirma que acusada adotou uma política deliberada de não realização de compliance em sua exchange Cointrade, atraindo para a sua empresa pessoas interessadas em negociar criptoativos cuja origem era de dinheiro supostamente ilícito.

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“Eliane Medeiros de Lima, nesse cenário, é o centro da teia de movimentação financeira a sustentar importante engrenagem para que a organização continuasse movimentando uma elevada quantia de ativos financeiros, dando sobrevida à atividade criminosa de sua organização, gerenciando empresas, inclusive no exterior”, afirma o MP.

Prisão de Eliane

A Polícia Federal prendeu Eliane no dia 3 de fevereiro em uma operação realizada no Mato Grosso Sul.

Foi autorizada a busca e apreensão de documentos, valores em dinheiro e HDs. Além disso, o texto cita a possibilidade de a polícia apreender carteiras de criptomoedas e as seeds que dão acesso ao conteúdo da carteira.

A prisão faz parte da operação Valeta, que é um desdobramento da Operação Kryptos, que prendeu no ano passado o Faraó do Bitcoin Glaidson dos Santos.

Em nota divulgada à imprensa, a PF afirmou que a ação visa desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.

De acordo com o órgão, investigações revelaram que uma advogada responsável pela administração de empresas com sede em Campo Grande (MS) intermediava movimentações financeiras entre a principal empresa investigada na Operação Kryptos — o que sugere ser a GAS Consultoria — e empresas estabelecidas no exterior.

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Caso GAS Consultoria

O negócio da GAS Consultoria consistia em oferta de investimentos em supostas operações com criptomoedas cujo rendimento prometido era na casa dos 10% ao mês. A CVM viu indícios de crime contra a economia popular e denunciou a empresa ao Ministério Público que deu andamento no processo.

A GAS Consultoria parou de pagar seus clientes, alegando impossibilidade pelo fato de a Justiça ter ordenado o bloqueio de R$ 38 bilhões em ativos da empresa.A Operação Kryptos foi deflagrada em decorrência de denúncias da CVM e Ministério Público. Em sua primeira batida, encontrou na casa de Glaidson várias malas de dinheiro, carros de luxo, joias e 591 bitcoins.

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