Imagem da matéria: Non Fungible Conference (NFC): futuro dos jogos Web3 depende de opções mais divertidas e descentralizadas
(Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Ainda não existe um jogo Web3 — ou seja, que use o conceito de blockchain e comunidade — que seja divertido de jogar. A constatação dura foi feita nesta segunda-feira (12) em um painel da Non Fungible Conference (NFC), evento que acontece em São Paulo e reúne empreendedores e especialistas do universo dos tokens não fungíveis (NFT).

O modelo play-to-earn, no qual um jogador é recompensado com criptomoedas pelo tempo dedicado ao jogo, movimentou quantias enormes em games como Axie Infinitiy, mas está saturado atualmente. Esse problema tem sido discutido há um tempo: a indústria tem que criar jogos divertidos como ponto principal.

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Esse ponto foi ressaltado por Bruna Simões, cofundadora da Cyberskies, empresa que está desenvolvendo games Web3. Foi nesse momento que Nenesk, apelido do influencer Gustavo Vilas Bôas, interrompeu: “Esses jogos ainda estão em construção. Ainda não tem nada muito divertido”.

Simões concordou: “Ainda estamos nesse limbo de construção em meio a um bear market”.

O head de research da Dux, Felipe Barros, participou do debate e falou para além da diversão, mas também do conceito de Web3 como uma descentralização que não é vista na prática.

“São poucos ou nenhum jogo que a comunidade tem real poder sobre a decisões de governança e em que os jogadores são realmente donos dos seus ativos e não dependem da plataforma. O jogo que conseguir reverter esse movimento a favor dos jogadores que estão realmente comprometidos com o ecossistema e recompensar eles, com certeza vai ser um jogo de sucesso”, disse Barros.

Quando questionado sobre suas percepções para o futuro dos jogos Web3, Nenesk voltou para o seu principal ponto: “Para mim é muito simples: diversão. O futuro é fazerem jogos divertidos de jogar”.

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Repúdio a ser superado

O modelo de incentivar pessoas a jogarem um game, não pela diversão, mas sim pela recompensa em tokens que podem valer muito dinheiro no futuro, fez com que a comunidade gamer em geral se unisse de forma ferrenha para repudiar qualquer relação de jogos com NFT, blockchain e criptomoeda.

A indústria está consciente disso. Antônio Fonseca, CEO da desenvolvedora de games Brazuca e que atuou a vida toda na indústria tradicional de jogos, foi mediador do painel e disse que o preconceito ainda é total.

“Quando falo que estou migrando para jogos Web3 sou ridicularizado. Temos que tirar o ranço que ficou desse momento inicial que foi totalmente nocivo”, afirma.

Bruna Simões concorda e lembra que não existem muito mais chances para virar o jogo: “Temos que fazer bem feito agora, para não manchar a imagem novamente dos jogos Web3”.

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Trailer de game

Ao final da palestra, foi apresentado um breve clipe do game Cyberskies, que tem a premissa de ser um jogo Web3 com conceitos de descentralização, blockchain e NFT, mas que tem a diversão como ponto principal, segundo seus criadores.

Veja abaixo o trailer:

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