Imagem da matéria: "Nem sei o que é Bitcoin", diz dono da Havan a Renan Calheiros na CPI da Covid 19
Dono da Havan, Luciano Hang, durante a CPI da Covid (Foto: Reprodução)

Por um breve momento durante sessão da CPI da Covid-19 nesta quarta-feira (29) no Congresso, o universo das criptomoedas voltou a entrar para a pauta da comissão. O relator, senador Renan Calheiros (MDB/AL) perguntou ao empresário Luciano Hang, criador da empresa Havan, se ele operava com cripto.

“Em algum momento você operou com criptomoeda, Bitcoin ou outros?”, perguntou Calheiros.

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“Nem sei o que é isso”, respondeu Hang.

“Não operou?”, reforça o senador.

“Zero. Eu não conheço o que é Bitcoin”.

O diálogo pode ser visto abaixo (começa por volta de após 3h30 do começo da transmissão):

Calheiros x Hang

Logo antes da pergunta sobre criptomoedas, o senador perguntou se Hang já havia recebido algum subsídio da União, Estado ou Município. O empresário disse que não saberia dizer, que a pergunta era vaga e que possui mais de 160 lojas em todo o Brasil, tendo a companhia mais de 30 anos.

Mas Calheiros não se satisfez e continuou questionando Hang. Ao fim, o empresário enfim disse “não saber”, mas depois emendou:

“Ela recebe aquilo que todas as outras recebem”, disse o empresário. O relator então retrucou: “Então recebeu?”.

“Pode ter recebido …” disse o dono da Havan, ao que o senador replicou: “Sou eu que estu perguntando”.

“Então não me lembro. Como posso lembrar de algo tão amplo?”, questionou o empresário.

Propina em Bitcoin

O outro momento em seu se falou de criptomoedas na CPI foi em julho. Na ocasião, o representante oficial da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, disse que a suposta propina sugerida por membros do Ministério da Saúde na compra de vacinas da AstraZeneca também envolveria a utilização de bitcoin. A Davati tentava negociar com o governo um lote de 400 milhões de doses do imunizante.

Foi Dominguetti que afirmou em junho, em entrevista para a Folha de São Paulo, que o Governo Bolsonaro – por intermédio do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias — teria pedido propina de US$ 1 na compra de vacinas. Blanco era assessor de Dias. Ambos não fazem mais parte da pasta.

“Isso aí (depósito) eu até fui questionado pela imprensa. Aparentemente eles estavam fazendo negociações de bitcoins. Eles queriam movimentar um dinheiro acredito que do Blanco para comprar bitcoins e para depois comprar vacinas. Aparentemente foi isso”, falou Carvalho.

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