Imagem da matéria: "Não quero cliente inconsciente. Vai ser pedido para se retirar", afirma dono da Braiscompany sobre cobranças
Antonio Neto Ais diz que irá pedir para alguns cliente saírem (Foto: Reprodução/Instagram)

O dono da Braiscompany, Antonio Neto Ais, disse em uma live na noite de sexta-feira (20) que não irá mais tolerar a cobrança de clientes. Desde dezembro a empresa, que promete retorno fixos por meio de supostamente um esquema de “aluguel de criptoativos“, vem atrasando pagamentos.

“Tem gente que me liga e fala: ‘Não quero saber o que você está passando, quero meu dinheiro’. Esse tipo de cliente eu não quero, cliente inconsciente”, disse Neto Ais. “Quando tudo isso passar esse cliente será convidado a se retirar”, complementou.

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Neto Ais reclamou do fato de “estar trabalhando todo os dias” e ver pessoas “fazendo piadinhas sobre a Braiscompany”.

O dono da empresa voltou a dizer que os clientes insatisfeitos devem devem pedir o distrato e, se quiserem reaver o valor da multa, entrar na Justiça.

Suposto problema com a Binance

Sobre as operações, Neto Ais voltou a afirmar que toda a culpa é da Binance, que estaria travando sistematicamente o saques da Braiscompany. Porém, ele disse que entrar com uma ação judicial contra a corretora não é uma opção.

“Uma ação judicial vai fazer meu saldo ficar bloqueado por um ou dois anos. Não é uma opção, pois não terei como operar por todo esse tempo”, disse.

Além disso, Neto Ais afirmou que já está iniciando trâmites para que a Braiscompany tenha uma conta Pessoa Jurídica verificada na Binance, o que aumentaria o valor que pode transacionar por dia.

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“A Binance pediu um horro de documentos e já estamos atrás de todos. Nossos advogados conversaram com os advogados deles e disseram que vai demorar de 30 a 60 dias para finalizar o processo”, afirmou

Braiscompany atrasa pagamentos

Parte dos clientes da Braiscompany chegou ao ano novo com o bolso vazio devido ao atraso — pelo segundo mês seguido — do pagamento dos rendimentos que a empresa diz obter com a “locação de criptoativos”, esquema acusado de ser pirâmide financeira por Tiago Reis, o CEO da Suno Research.

O último pagamento de 2022, programado para acontecer no dia 30 de dezembro, ainda não foi feito até esta quinta-feira (5) para parte dos clientes do grupo, chegando a uma semana de atraso.

Um investidor que tem R$ 15 mil presos na Braiscompany e que pediu para não ter seu nome divulgado, mostrou ao Portal do Bitcoin o e-mail em que a empresa justifica o atraso citando “inconsistências nos endereços de algumas carteiras”.

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No e-mail, o cliente era obrigado a informar novamente seu endereço de Bitcoin (BTC) e Tether (USDT) de destino dos pagamentos, bem como enviar um vídeo de si mesmo confirmando as informações. Ele cumpriu todas essas solicitações na segunda-feira, mas até esta quinta não recebeu o pagamento prometido.

Atrasos em cascata

Foi o lançamento do Brais App, previsto para acontecer no dia 28 de dezembro, que causou o primeiro atraso dos pagamentos no dia 20 de dezembro, segundo a empresa.

O que chama atenção é o fato de que a Braiscompany não usa aplicativo ou um sistema interno para efetuar o pagamento dos clientes. Ao invés disso, envia os supostos lucros mensais diretamente para a carteira de bitcoin informada pelo usuário e mantida em corretoras de criptomoedas, como a Binance.

O aplicativo sequer foi lançado no dia previsto — embora a Braiscompany tenha feito uma grande festa para a ocasião, regada a champagne e atrações musicais — e segue fora do ar até hoje. Na confraternização, a empresa também anunciou a criação da sua própria criptomoeda, a Brais Token, cuja data de lançamento ainda não foi informada.

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