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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), denunciou quatro pessoas envolvidas na pirâmide financeira do “Príncipe do Bitcoin”.

Segundo comunicado do MP na sexta (19), o indiciamento ocorreu no dia 11 de julho, quando a 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes recebeu a denúncia contra os indiciados por aplicarem um golpe da pirâmide financeira em mais cinco moradores de Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense. 

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De acordo com a ação penal, por meio da A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli, os criminosos causaram prejuízo de R$ 234.600 às vítimas. Os denunciados são: Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes. 

De acordo com o órgão, trata-se de um desdobramento da operação Príncipe do Bitcoin, deflagrada pelo Gaeco em outubro do ano passado, quando um dos acusados, Gilson Ramos Vianna, foi preso, uma semana após o pastor evangélico Fabrício Vasconcelos Nogueira ser alvo da operação

Ele atuava como trader, investindo no mercado financeiro e captando clientes enquanto ostentava riqueza na região de Campos dos Goytacazes. Por isso, ganhou o apelido de “Príncipe do Bitcoin” na operação.

Na ocasião, Ana Claudia Carvalho Contildes, sócia fundadora da empresa, foi considerada foragida.

Pirâmide financeira

Com a promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês, a empresa inicialmente abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”.

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Como sugere o nome, é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a gerar confiança no trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria.   

Após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido.

Investigações do MPRJ também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema. 

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