Imagem da matéria: Mozilla lança bloqueador de mineração de criptomoedas no Firefox
(Foto: Shutterstock)

A Mozilla Foundation, organização por trás do popular navegador Firefox, lançou recentemente o seu aguardado bloqueador de mineração de criptomoedas, impedindo sites de usarem os recursos dos seus usuários para minerarem.

De acordo com o The Next Web, a ferramenta está apenas disponível nas versões Beta e Nightly do Firefox, criadas para usuários que querem experimentar novas funções, e desenvolvedores.

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A ferramenta, no entanto, bloqueia atualmente pouco mais de 20 tipos de mineradores de criptomoedas encontrados pela internet, e vai em versões futuras ser disponibilizado na versão estável do Firefox.

Com a ferramenta, a Mozilla introduziu também um bloqueador de scripts de “impressões digitais” de dispositivos, que coletam configurações dos dispositivos dos usuários, e podem ser usados para os rastrear.

O bloqueador vem graças a uma colaboração com uma empresa chamada Disconnect, que rastreia mineradores de criptomoedas para os bloquear. Atualmente, o Firefox já bloqueia alguns dos mais populares, como o CoinHive, o JSE, e o MineXMR, apesar da função não estar ativada por padrão.

Para a ativar, os usuários precisam ir às configurações do navegador.  Dentro de “algumas semanas” a ferramenta vai ser ativada por padrão na versão Nightly, para no futuro ser em todas as outras. A organização afirmou:

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Uma vez ativada, o Firefox bloqueará quaisquer scripts que tenham sido identificados pela Disconnect que participem na mineração de criptomoedas ou com impressões digitais.

A Mozilla, que tinha anunciado que ia banir a mineração de criptomoedas no Firefox em setembro do ano passado,  acrescentou que alguns sites podem perder funcionalidades quando o bloqueador estiver ativo, enquanto todos os detalhes do mesmo são acertados.

Navegadores bloqueiam mineração por ser “hostil”

Até agora, a Mozilla afirmou que ia bloquear a mineração de criptomoedas por considerar esta uma prática que “torna a web um lugar mais hostil.” Dito isso, acrescentou que não estava só querendo proteger os usuários, mas a dar-lhes uma voz.

Como noticiado pelo Portal do Bitcoin, um relatório de outubro do ano passado revelou que o Brasil liderava uma lista de vítimas de mineração de criptomoedas, uma prática que chegou a crescer mais de 700% em apenas quatro meses.

Note-se que outro navegador rival, o Opera, já tinha introduzido a proteção contra mineração nas suas versões para o desktop e para smartphones o ano passado. Na altura, a empresa homônima do navegador afirmou que mais de um bilhão de dispositivos em todo o mundo poderiam estar mais lentos devido a programas de mineração.

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Meses depois de bloquear a mineração, o Opera introduziu uma carteira de criptomoedas para o seu navegador. Esta foi inicialmente lançada para smartphones, mas existe já nas suas versões para desktop.


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