Celular no bolso de trás de calça jeans mostra logo do Mercado Livre.jpg
(Foto: Shutterstock)

A Mastercard firmou uma parceria com o Mercado Livre visando fortalecer a segurança e a transparência de seu programa de criptomoedas lançado recentemente no Brasil. O anúncio do acordo entre as empresas de serviço financeiro e do comércio eletrônico foi anunciado nesta quarta-feira (08) em um comunicado à imprensa.

Segundo a nota, a tecnologia CipherTrace da Mastercard permitirá ao Mercado Livre identificar e monitorar transações individuais com criptomoedas e atribuir uma classificação de risco. Além disso, o sistema vai permitir à varejista introduzir soluções de rastreamento de criptomoedas e o gerenciamento de obrigações regulatórias e de compliance.

Publicidade

“O potencial das criptomoedas para mudar nossas experiências cotidianas é enorme”, disse Ajay Bhalla, presidente de Cyber & Intelligence da Mastercard. Ele enalteceu a tecnologia da Mastercard e acrescentou que “toda interação e experiência devem ser protegidas”.

Para Estanislau Bassols, presidente da Mastercard Brasil, a parceria amplia mais ainda o relacionamento de longa data entre as instituições em ações para resolver as necessidades dos clientes em comum. “O Brasil é um dos mercados de criptomoedas mais quentes da América Latina, com altos níveis de adoção”, ressaltou Bassols.

Já para a vice-Presidente Sênior e COO do Mercado Pago,  Paula Arregui, a parceria com a Mastercard vai proporcionar mais educação financeira e, porconsequência, mais engajamento dos usuários,além de promover mais transparência.

“Alinhados ao nosso propósito de democratizar o comércio e os serviços financeiros, queremos derrubar mais barreiras, proporcionando uma experiência simples e segura com criptoativos”, destacou Arregui.

Publicidade

A nota conclui:

“A parceria com o Mercado Livre aumenta o impulso da Mastercard, que se baseia em suas crescentes parcerias para construir transações de criptomoedas seguras e simples. Também ajudará no desenvolvimento de novas plataformas para testar e apoiar programas de Moedas Digitais do Banco Central em torno do uso mais amplo da tecnologia blockchain e NFTs, e oferecerá o potencial de dar suporte a stablecoins apoiadas por moedas fiduciárias diretamente em sua rede”.

Como parte de sua missão de democratizar os serviços financeiros na América Latina, em dezembro do ano passado, o Mercado Livre anunciou que milhões de clientes do Mercado Livre e do Mercado Pago no Brasil poderiam comprar, manter e vender criptomoedas.

Mercado Livre e criptomoedas

A Mercado Libre (Mercado Livre no Brasil), assim como tantas outras grandes instituições, entrou no mercado cripto bem devagar. Em 2019, por exemplo, a plataforma chegou a mudar sua política para anúncios de criptomoedas, apesar de afirmar que não proibiria tais vendas.

Na mesma época, a empresa anunciou um investimento de R$ 3 bilhões no Brasil que visava expandir a Mercado Pago e criar centro de distribuição, localizado em Cajamar (SP).

Publicidade

Em 2020, a Mercado Pago já tinha uma parceria com a argentina Ripio e permitia compra de criptomoedas com saldo em carteira.

No ano seguinte, o fundador e CEO do Mercado Livre, Marcos Galperin, já fazia elogios ao Bitcoin como uma reserva de valor. Pouco tempo depois, a Mercado Livre passou a permitir a venda de imóveis por Bitcoin na Argentina — cerca de cinco meses depois, Galperin investiu individualmente na Ripio, em uma rodada de investimentos Série B.

Não demorou muito e a empresa anunciou, em maio de 2021, a compra de US$ 7,8 milhões em bitcoin “como parte de nossa estratégia de tesouraria”.

Em novembro do ano passado, a Mercado Livre anunciou sua entrada no mundo das criptomoedas ao permitir aos clientes do Mercado Pago a compra, venda e posse de criptomoedas usando as carteiras digitais que possuem por meio do serviço.

Em janeiro deste ano, o Mercado Livre anunciou uma participação na 2TM, controladora da corretora Mercado Bitcoin, e também um investimento estratégico na Paxos, plataforma regulamentada e líder de infraestrutura de blockchain que potencializa a experiência de criptomoeda do Mercado Pago no Brasil.

Publicidade
VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Como um hacker gastou apenas R$ 15 mil para roubar R$ 800 milhões de bancos do Brasil

Como um hacker gastou apenas R$ 15 mil para roubar R$ 800 milhões de bancos do Brasil

Os hackers lavaram cerca de R$ 230 milhões dos fundos roubados usando Bitcoin, Ethereum e Tether, segundo um investigador especializado em blockchain
token do trump

Rede social de Trump quer lançar token utilitário para programa de recompensas

A plataforma social fundada por Donald Trump está lançando um sistema de recompensas com planos para um token utilitário
Mulher operando um caixa eletrônico de Bitcoin

Nova Zelândia vai proibir caixas eletrônicos de criptomoedas

Com 221 máquinas em todo o país, a Nova Zelândia se junta aos países que controlam os caixas de criptomoedas devido às crescentes preocupações com crimes financeiros
bitcoin, mineração, brasil

Tether vai minerar Bitcoin no Brasil em parceria com a Adecoagro

Empresas oficializaram acordo para minerar Bitcoin em solo brasileiro com energia excedente