A Reuters revelou na noite de quarta-feira (26) que Edward Coristine, um jovem de 19 anos integrante da equipe de Elon Musk no governo dos EUA, apoiou um grupo de hackers responsável por invadir e-mails de autoridades e roubar criptomoedas. No passado, Coristine gerenciava a DiamondCDN, cuja clientela incluía o grupo criminoso “EGodly”.
Conforme aponta a reportagem, Coristine, ganhou notoriedade dentro do Departamento de Eficiência Governamental, força-tarefa comandada por Elon Musk apelidada de DOGE que visa redução de gastos e que recebeu amplo acesso às redes oficiais do governo dos EUA.
Apelidado de “O cara” (Big Balls) por Elon Musk, Coristine é listado como um “conselheiro sênior” no Departamento de Estado e na Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, segundo informações obtidas pela rede de notícias, já que o DOGE não é uma entidade oficial da Casa Branca. Conforme apurou a agência, no No LinkedIn, Coristine se descreve como um “encanador voluntário (estagiário)” do governo dos EUA.
Quem é Big Balls
De acordo com a Reuters, Edward Coristine, ainda no ensino médio em 2022, administrou a empresa DiamondCDN, que fornecia serviços de rede. Registros digitais e entrevistas com ex-associados indicam que um de seus clientes era a rede criminosa “EGodly”.
Em fevereiro de 2023, a EGodly agradeceu publicamente à DiamondCDN no Telegram por fornecer proteção contra ataques DDoS e serviços de cache. Dados analisados pela Reuters mostram que o site do grupo, *dataleak.fun*, esteve vinculado a endereços IP registrados na DiamondCDN e outras entidades de Coristine entre outubro de 2022 e junho de 2023. Alguns usuários que tentaram acessar o site nesse período foram submetidos a uma “verificação de segurança” da DiamondCDN.
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Procurados pela agência para comentarem o assunto, a equipe de Elon Musk dentro do governo e o Departamento de Estado não responderam aos e-mails. A reportagem ainda tentou falar com ex-membros do canal do Telegram do EGodly — ficou inativo no ano passado —, mas sem sucesso.
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Sobre o EGodly
Segundo a Reuters, a DiamondCDN, empresa de Edward Coristine, surgiu em 2022 oferecendo ferramentas de segurança e otimização de infraestrutura, sem monitorar o conteúdo dos clientes.
Em 2023, o grupo criminoso EGodly, que usava a DiamondCDN, alegou no Telegram ter hackeado e-mails de autoridades, sequestrado números de telefone e roubado criptomoedas. O grupo também expôs dados de um agente do FBI, divulgando um vídeo ameaçador em frente à sua casa.
A Reuters não confirmou todas as alegações da EGodly, mas autenticou o vídeo. Um ex-agente do FBI afirmou que o grupo era investigado por swatting—falsos alertas para atrair a polícia. Especialistas alertam que a conexão recente de Coristine com criminosos torna preocupante seu acesso às redes governamentais dos EUA.
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