O Bitcoin (BTC) mostra estabilidade nesta quinta-feira (8), com uma leve queda de 0,2% no dia, sendo negociado por volta de US$ 57.375. No entanto, na semana, a criptomoeda líder do mercado ainda acumula perdas de 11%, refletindo as fortes quedas de segunda-feira que levaram o preço do Bitcoin ao nível de US$ 49 mil.
Em reais, o BTC cai cerca de 1,1%, para R$ 324.655, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Quase todas as outras criptomoedas do mercado também estão no vermelho nesta quinta, com Ethereum (ETH) e BNB caindo 3,8% e 1,6%, respectivamente. Mas há exceções: XRP, por exemplo, dispara 19% no dia após a Ripple, emissora da criptomoeda, chegar a um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) no processo que se arrastava desde 2020.
Na quarta-feira, um juiz federal ordenou que a Ripple pague US$ 125 milhões em multas civis e impôs uma liminar contra futuras violações das leis de valores mobiliários. Essa multa é muito menor aos valores exigidos originalmente pela SEC e foi comemorada pelo CEO da Ripple, Brad Garlinghouse.
“A SEC pediu US$ 2 bilhões, e o tribunal reduziu sua exigência em aproximadamente 94%, reconhecendo que eles haviam exagerado. Respeitamos a decisão do tribunal e agora temos clareza para continuar crescendo nossa empresa”, escreveu ele no X. “Isso é uma vitória para a Ripple, para a indústria e para o estado de direito. Os ventos contrários da SEC contra toda a comunidade XRP desapareceram.”
Embora na teoria o caso tenha chegado ao fim, a expectativa é que a SEC recorra da decisão, provavelmente prolongando o processo ainda mais.
CVM aprova ETF de Solana
Um ETF de Solana está previsto para chegar à bolsa de valores brasileira muito em breve. A gestora QR Asset Management anunciou na quarta-feira (7) que a CVM aprovou seu ETF de Solana à vista, que será o primeiro a ser negociado nas Américas.
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A data de lançamento do ETF ainda não foi divulgada, já que a listagem do produto ainda depende de aprovação da B3, a Bolsa de Valores do Brasil.
O ETF será administrado pela Vortx e utilizará como referência o CME CF Solana Dollar Reference Rate, índice desenvolvido pela CF Benchmarks com apoio da Chicago Mercantile Exchange (CME), que oferece uma medida do valor da Solana em dólar, baseada em dados de transações das principais exchanges do mundo.
“Este ETF reafirma nosso compromisso em oferecer qualidade e diversificação para os investidores brasileiros. Estamos orgulhosos de sermos pioneiros globais neste segmento, consolidando a posição do Brasil como um mercado de vanguarda para investimentos regulados em criptoativos”, disse em nota Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management.
E nos EUA?
Nos Estados Unidos, muito se discutiu sobre a possibilidade de a Solana ser a próxima criptomoeda a ganhar um ETF à vista, após a aprovação dos produtos de Bitcoin e Ethereum pela SEC. No entanto, enquanto no Brasil esse tipo de produto deve chegar muito em breve, os EUA provavelmente levarão mais tempo para receber um ETF de Solana.
Esse sentimento foi sustentado pela própria diretora de TI da BlackRock, Samara Cohen, que na semana passada sugeriu que a Solana, apesar de ser a quarta maior criptomoeda em valor de mercado, ainda não está madura o suficiente para ser exposta a tais produtos. Portanto, não está nos planos da gestora para o curto prazo.
“Nós realmente olhamos para a capacidade de investimento — o que atende aos critérios, o que atende à barra para ser entregue em um ETF”, explicou Cohen, dizendo que em termos de demanda do cliente, Bitcoin e Ethereum certamente já atendem essa barra. “Acho que vai demorar um pouco até vermos mais alguma coisa nova de ETF”, completou.
Mas isso não impede outras gestoras de tentarem lançar um ETF de Solana à vista nos EUA. A 21Shares, por exemplo, fez no final de junho um pedido junto à SEC para lançar o 21Shares Core Solana ETF, seguindo o registro da VanEck para seu próprio ETF de SOL.
Nesta quinta-feira, a Solana é negociada por cerca de US$ 153, enfrentando uma desvalorização de 8% na semana.
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