As duas maiores criptomoedas são negociadas em terreno negativo após o Natal, enquanto altcoins como Solana dão continuidade ao rali, em sessão marcada pelo baixo volume de negócios.
A calmaria também marca as negociações no mercado acionário, onde os índices futuros das bolsas de Nova York apontam uma abertura com ganhos diante da expectativa de cortes de juros nos EUA antes do previsto.
O Bitcoin registra queda de 1,4% em 24 horas, para US$ 42.556,51, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC recua 1,3%, negociado a R$ 209.795,28, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) cai 2,1%, cotado a US$ 2.229,35.
Solana (SOL) sobe 2,3% em 24 horas, negociada a US$ 114,28, e acumula alta de 52% em sete dias, à frente do token BNB da Binance, agora no quinto lugar do ranking, que sobe 6,8%.
Embora dezembro ainda não tenha terminado, a Solana já foi capaz de bater recorde de novos endereços e endereços ativos no mês, de acordo com dados do The Block Research.
Outra boa notícia para o ecossistema foi a decisão da Paxos de emitir sua stablecoin na rede Solana e encerrar a exclusividade com a blockchain Ethereum.
Outras altcoins mostram desempenho misto, com destaque para XRP (-2%), Cardano (+0,5%), Dogecoin (-0,7%), TRON (-3%), Chainlink (-0,5%), Avalanche (+0,5%), Polkadot (-0,6%), Polygon (+2,5%) e Shiba Inu (-0,6%).
Investimentos de mineradoras
Além do lançamento de fundos com exposição direta à maior criptomoeda, um dos fatores que impulsionam a alta de 160% do Bitcoin neste ano é a expectativa para o “halving” em 2024, que vai reduzir pela metade a quantidade de BTCs distribuída a mineradores.
Já de olho em uma maior participação de mercado, empresas anunciaram investimentos de US$ 600 milhões na compra de novos semicondutores e servidores para a atividade de mineração, de acordo com o Financial Times.
A Marathon Digital, por exemplo, anunciou a aquisição de dois centros de mineração de Bitcoin por US$ 178,6 milhões.
Cidadãos chineses também avançam no segmento nos EUA, apesar das restrições do governo americano. Reportagem do New York Times revela que o chinês Jerry Yu, estudante da Universidade de Nova York (NYU), é dono de um centro de mineração no Texas avaliado em US$ 6 milhões.
Créditos da FTX
A Ikigai Asset Management vendeu créditos de US$ 65 milhões relacionados ao processo de recuperação judicial da FTX, disse o diretor de investimentos Travis Kling em um post no X, antigo Twitter.
“Conseguimos um preço que nos deixou satisfeitos e um preço muito, muito mais alto do que esperávamos há apenas seis meses”, escreveu Kling. “Agora que recebemos os recursos da venda do crédito, todos os nossos investidores que desejam resgatar do fundo podem fazê-lo. A grande maioria do capital permanece no fundo.”
Segundo o The Block, a Ikigai teria implementado mudanças em seu modelo de negócio para evitar “ser pega em algo como a FTX novamente”, nas palavras do executivo. Kling afirmou que teria interesse no relançamento da FTX, mas, devido à lentidão do processo, a empresa de investimentos cripto não quis esperar.
Outros destaques das criptomoedas
A tokenizadora americana Hamsa, já com um escritório em São Paulo e participante do piloto do real digital (Drex), planeja contratar entre 30 e 40 pessoas no Brasil até o fim de 2024 e lançar ativos digitais em blockchain ao longo do primeiro trimestre, de acordo com o Valor Econômico. Henrique Teixeira, ex-Ripio e ex-presidente do conselho da Abcripto, vai comandar o projeto na América Latina.
Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin”, continuará detido na Penitenciária Federal de Catanduvas, Paraná, informou o jornal O Globo, após a Justiça do Rio ter negado sua transferência para um presídio estadual. Além de ser acusado de comandar uma pirâmide financeira por meio da GAS Consultoria, o Faraó responde por crimes de homicídio e tentativa de homicídio.
Nos EUA, a SEC admitiu a um tribunal em Utah que fez declarações imprecisas em um processo contra a startup cripto DEBT Box, mas insistiu no bloqueio dos ativos da empresa, acusada de fraudar investidores em US$ 49 milhões. O juiz Robert J. Shelby havia ordenado que a agência explicasse declarações “falsas ou enganosas” sobre a suposta transferência pela plataforma de ativos para o exterior para escapar da jurisdição do regulador.
Na Turquia, o presidente Tayyip Erdogan indicou uma professora de blockchain e criptoativos para o comitê de política monetária do Banco Central. No Japão, o governo propôs isentar empresas de uma taxa sobre ganhos não realizados com criptoativos, enquanto na Nigéria bancos receberam permissão para abrir contas para empresas de criptomoedas. Na Bulgária, o governo encerrou uma investigação sobre suposta lavagem de dinheiro pela plataforma de crédito cripto Nexo por falta de provas.
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