farao do bitcoin glaidson
Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como Faraó do Bitcoin (Foto: Reprodução)

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu nesta terça-feira (20) que o criador da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos, irá a júri popular por acusação de homicídio agravado pela prática de extermínio de seres humanos.

Conforme descrito na sentença, “Faraó dos Bitcoins”, “Papai”, “Patrão” e “01” — todos nomes pelos quais Glaidson é chamado — é acusado de mandar matar duas pessoas: Wesley Pessano Santarem e Adeilson José da Costa, que sobreviveu à tentativa de homicídio.

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A motivação dos crimes, diz a denúncia oferecida pelo Ministério Público, era que ambos atuavam no mesmo ramo que a GAS Consultoria na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, e eram considerados concorrentes.

“Com essa decisão de levar o acusado a júri popular, é possível perceber uma quantidade robusta de provas, suficiente e materialmente convincente de que tenha cometido o crime de homicídio, previsto no código penal”, afirma o advogado especializado Artêmio Picanço.

As acusações contra o Faraó do Bitcoin e seus comparsas

No dia 4 de setembro de 2021, o empresário Wesley Pessano foi assassinado em São Pedro da Aldeia (RJ) dentro de um carro em que também estava o sócio Adeilson Junior, outro alvo de tentativa de homicídio mas que conseguiu sobreviver ao atentado.

O assassinato, conforme descobriu as extensas investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, foi encomendado por Glaidson Acácio dos Santos, que via Pessano como um concorrente na Região dos Lagos (RJ).

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A vítima do homicídio atuava numa empresa chamada Ares Traiders, que, assim como a GAS Consultoria, representava um esquema de pirâmide financeira que atraia investidores com a promessa de pagar altos rendimentos com o trade de criptomoedas.

Como detalha a denúncia do Ministério Público, o fato de Pessano oferecer rendimentos maiores do a GAS Consultoria irritou Glaidson, que decidiu contratar os serviços de uma “milícia privada” para assassinar o concorrente.

Os indícios recolhidos mostram que quem executou o assassinato agiu mediante promessa de recompensa feita pelos intermediários e o mandante.

Glaidson é acusado de ser o mandante do assassinato, com os irmãos Daniel e Felipe Aleixo Guimarães sendo os responsáveis pela tarefa de ir atrás dos pistoleiros.

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A dupla contratou Ananias da Cruz Vieira para o serviço, que por sua vez contatou Fábio Natan, responsável por coordenar um grupo composto por Roberto Campanha, Luiz Cherfan Tavares, Bruno Luzardo Sabages, Chingler Lopes Lima, Thiago Gladino, Valder Janilson dos Santos e Edson da Costa Marinho. 

Todos os citados agora figuram na lista de réus na denúncia do Ministério Público, acatada pela Justiça do Rio de Janeiro para ir a júri popular em data ainda a ser definida.

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